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"Se você treme de indignação perante uma injustiça no mundo, então somos companheiros". (Che Guevara)

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Será que todo sujeito é livre pra conjugar o verbo que quiser?


Independência, é o estado de liberdade de um povo, de uma nação, dando o ar de soberania nas decisões internas.
Na poesia “Ser livre”, Milton nascimento e Fernando Brant diz: Um povo livre vive num país livre na cidade livre, na rua livre. A partir dessas afirmações, podemos nos julgar detentores dessa liberdade que dizem sermos donos?
Diariamente a classe burguesa através do aparato legal suprime o direito dos trabalhadores se manifestarem ao sentirem-se insatisfeitos com suas condições de trabalho. Hoje quando um sindicato delibera uma greve, a classe patronal vai à justiça e pede um mandato de segurança dando inconstitucionalidade à ação antes mesmo dos trabalhadores deixarem seus postos de serviços. 
É conhecimento de todos que uma maioria, os trabalhadores, produzem para sustentar o nosso país, no entanto deles são arrancados essa produção pelos “senhores”, deixando o produtor numa condição mínima, muitas vezes abaixo do mínimo necessário para sobrevivência humana. Sendo bem bondoso na minha colocação, o feudalismo é algo bem presente o nosso país.
E ai de quem ousar se rebelar contra essa “tal liberdade”, torna-se inimigo do Estado. Quando não podemos mais nos unir e somos expostos em rede de televisão como contrários ao progresso nacional, temos uma pequena mostra do aparato repressor de um País independente.
Quem nesse país conjuga o verbo que quer?  O verbo UNIR é heresia, e como prêmio ao herege, o óbvio, a fogueira. O verbo AMAR é subversão! Pois amar é querer a liberdade, e quem a quer terá ao seu encontro umas gramas de chumbo.
Para cada pronome um verbo, ELES conjugam o verbo MATAR, nós o LIBERTAR.
Não, definitivamente não temos o direito de conjugar o verbo que quisermos, hoje não temos nada a COMEMORAR, temos luta pra fazer, pois apesar de ser proibido sabemos muito bem conjugar o verbo LUTAR, e jamais conjugaremos o verbo CALAR, DESISTIR. Sonhamos com uma pátria livre!

Por Maria Fernanda Linhares

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