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"Se você treme de indignação perante uma injustiça no mundo, então somos companheiros". (Che Guevara)

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Maquiagem em notícia vai além da denúncia de jabá na moda

O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) está analisando a denúncia de que blogueiras que cobrem moda teriam recebido para promover cosméticos da loja francesa Sephora. Não é de hoje que colegas que atuam na área arrancam os cabelos ao contar histórias de gente do jabá que, em troca de viagens, mordomias, produtos ou o velho e bom dindim, elevam esterco à categoria de produtos de qualidade internacional. Há quem faça qualquer negócio – até porque não se preocupa com o interesse público, mas com sua imagem e conta bancária.
Não existe imparcialidade. E isso se mitiga, em parte, buscando retratar todos os lados da questão e, quando pertinente, deixar claro qual o seu próprio posicionamento. Se pegássemos o QI de uma ostra saudável e subtraíssemos dele o número de estrelinhas do céu, dividindo o resultado pela quantidade de conchinhas do mar, ainda assim ela saberia que este blog tem um viés progressista e de esquerda – o que é uma informação importante, um guia de leitura para entender o que nele há. Transparência é a ideia. Vender, contudo, produto publicitário como jornalístico para tentar se valer da suposta credibilidade da profissão é o fim da picada, o ó do borogodó, a xepa. Vender-se é pior ainda.
Descontados os casos de falta de ética crônica de colegas que se dizem independentes mas que trabalham a soldo de governos e partidos ou de anunciantes nacionais ou estrangeiros, alugando o seu ponto de vista, temos casos tragicômicos no varejo. Colunistas sociais que ganham carros importados e pedem para trocá-los por blindados para falar bem do lançamento do possante. Chefes de redação que acertam com empresas de turismo pacotes para eles, os filhos e os sobrinhos poderem ir à Disney antes de autorizar a publicação de matéria elogiosa para a referida empresa. Editores que, para escrever sobre barcos, ganham barcos de presente. Gente que recebe uma fortuna para tuitar a favor de algo, mas “esquece” de avisar o leitor disso e depois reclama são criticados. Dizem que têm que sobreviver de alguma forma.
Picolés de frutas, pequenos gnomos com a cara do Edward Norton, xampus e sabonetes de qualidade duvidosa e potes de doce de abóbora que o Geraldo da Colina mandou em retribuição à visita são pequenos demais para causar estragos. Os códigos de conduta das redações normalmente mandam devolver “presentes” de grande monta, o que nem sempre ocorre, pois isso snao histórias que vivem penumbra. E nos veículos em que o respeito ao leitor depende da reflexão do indivíduo alçado, justamente, ao papel de jornalista pela internet?
Como já disse anteriormente, ter um diploma em jornalismo não significa exercer a profissão com mais ou menos ética – considerando que a maioria de nós, que fazemos grandes besteiras, frequentamos faculdades. Mas somos legalmente e socialmente responsáveis por aquilo que veiculamos (soa meio Pequeno Príncipe, mas é verdade). Portanto espaços de discussão da profissão, para aprendermos com nossos erros e entendermos o potencial de impactos de nossas ações, são mais do que necessários.
Anúncios com cara de reportagem têm sido cada vez mais comuns. De blogs a revistas, aparecem como material noticioso sem o “Informe Publicitário” ou “Publieditorial” – que já é insuficiente por si, a bem da verdade. É papel de uma marca tentar melhorar sua imagem. Mas é dever de quem assume o papel de jornalista  não deixar ser usado como escadinha ou lava-rápido da reputação alheia.
Por fim, uma das tentativas mais comuns de agredir um jornalista é sugerir que ele “leva um por fora”. Se é algo que atinge a administração Dilma, é um tucano. Se é uma crítica à administração Alckmin, dá-lhe petista. Se é crítico a uma grande obra de engenharia que está engolindo comunidades tradicionais, o sujeito é um bastardo vendido para o Tio Sam por um mísero iPhone. Ou um Homem das Cavernas, que não ousa ver a terra brasilis alcançando o destino deveras glorioso para o qual estava abençoado desde que se deitou no berço esplêndido de sua fundação (porque, na internet, não basta ser conservador, tem que ser barroco rococó).
Tem muita gente vendida por aí? Ah, sim, claro, como este post bem lembra. O que assusta muita gente é que existam aqueles que não estão à venda. Neste mundo que cisma em ser pós-moderno é difícil explicar que ainda há alguns nortes que valem a pena ser seguidos. Não grandes discursos de Verdade, pois essa não existe. Mas básicas que, construídas e compartilhadas, tornam a existência mais justa para todos.
Para quem acredita que a vida é um grande “cada um por si e Deus por todos”, isso deve ser extremamente desesperador.
Fonte: Blog do Sakamoto

O que dizer senão: Cala boca Magda!!!


Entender o jornalismo altamirense é muito fácil: se preocupam em discorrer sobre um fato sem atentar as suas causas e consequências. Claro, isso é feito por alguns pela deficiência de formação, outros porque são pagos pra fazerem assim.
Cada lado puxando pra sardinha do patrão:
1.       Felype e Sidalécio ostentam a imagem de bastiões do jornalismo verdade, onde na verdade tudo que fazem é um denuncismo barato pra atacar a Dona Prefeita. Fato esse que inegavelmente acaba por ajudar o povo. Mas, não é essa a preocupação.
2.       Os repórteres da TV Altamira faz algo tão babado tornando uma ofensa aos profissionais de verdade chamar aquilo de jornalismo.
No quesito site (ou blog) jornalísticos além de Felype e Sidalécio, aparece como uma da mais lidas a emblemática repórter Karina Pinto.
A moçoila é filha da burguesia (só pra explicar caso você esteja lendo, Magda, o termo filha da burguesia não quer dizer que seus pais são burgueses, mais que suas ideias são pensadas por seus patrões) é a pessoa que vejo com textos carregados de peso ideológicos à favor da elite. Bem que os outros tentam mais não tem a formação da moça, ela é JORNALISTA...
A profissa é tão boa nos seus afazeres, que é incapaz de admitir uma contestação. Digo mais, ela é tão boa que ouso a dizer que se encaixa nos padrões GLOBO de jornalismo, sabe como transformar um simples verso num livro, sabe distorcer os fatos.
Ela foi capaz de pegar uma notícia, no qual tratava de índios assassinados por garimpeiros brasileiros em solo Venezuela, e culpar Hugo Chávez pelo fato.
Diante do fato não me resta outra coisa a dizer senão: CALA BOCA MAGDA!!!!!

No texto intitulado Hugo Chaves e seus indios, alguém tem algo a dizer?, a capacitada repórter indaga sobre a posição dos Movimentos Sociais brasileiros que defendem a permanência de Cháves no governo Venezuelano. Num tom de acusação, Chama Hugo Cháves de Lobo vestido de cordeiro. Kkkk, não entendi até gora porque!  

A sua santa competência ou prepotência embuchada de tanta verdade, não lhe permitiu ir atrás dos meios de comunicação dos Movimentos dos quais ela questiona.

O site do Brasil de Fato, discorre muito bem sobre o caso, analisando suas consequências, recorrendo ao processo histórico dos Ianomâmi.

Claro que não tenho o mesmo cacife da Senhora Karina, tão pouco um boçal diploma de jornalista, mais fui ver o que os jornais da grande mídia versavam sobre o caso. Apenas uma única conclusão: A intrépida repórter interpretou mal o texto que leu.

A culpa do infeliz fato não foi do governo Cháves. A tragédia foi cometida por garimpeiros brasileiros, que movidos pela ganância típica dessa sociedade de consumo, avançam sobre outras nações para explorar suas riquezas naturais, tal como acontece em Altamira no caso de Belo Monte.

Mas desculpemos a moça pelo mal entendido, dificuldade de interpretação de texto é um problema grave de muitos que estão ou já passaram pela academia.

Ah! Só antes que eu esqueça, não tenho problema em ser contestado, muito pelo contrário, escrevo pra fomentar o debate, não para ser aceito...



Por João Fernando

Pra não perpetuá-los no Poder


Ao longo da história temos acompanhado sempre a perpetuação de algumas famílias no poder. Um ciclo garantido através de muita violência e exploração.
É só buscar uns bons exemplos:
1.       Família Sarney no Maranhão e Amapá
2.       Família Magalhães (os ACM) na Bahia
3.       Família Barbalho no Pará
Apenas três simples e bem visíveis exemplos de como tais nomes estão sempre no poder.
Enquanto os patriarcas dessas famílias exploravam nossos pais, seus filhos estudavam pra serem nossos patrões hoje.
Imaginem, Juvenil está projetando seu rebento, Ozório, pra ser uma nova figura política de Altamira. Mas caso não consiga, o figurão já está formado com sua profissão garantida, é patrão. Já mexe até com desvios de remédios públicos. Aprendeu com quem hein?
Délio Fernandes, tem seu filho formado em medicina, inclusive é contratado pela prefeitura, e pega no pé dos funcionários pra votar no seu pai. Já aprendeu como coagir os funcionários.
É isso, enquanto nós (a geração nascida em 80) lutava pra se manter vivo, trabalhava durante nossa infância pra ajudar nossos pais a colocar o pão em casa, tirávamos força de onde não tinha pra continuar estudando sem qualquer condições psicológicas; eles gozavam de mordomia em escolas particulares pagas com dinheiro público.
Hoje nós temos uma missão, quebrar esse ciclo. Não permitir que os filhos dos nossos opressores não oprimam nossos filhos. Temos a obrigação histórica de mudar a relação de poder.
É inadmissível que nossos filhos sejam educados para serem obrigatoriamente empregados desses filhos de coronéis. É inadiável mostrarmos as contradições nessas relações sociais, as violências e atrocidades cometidas por essas famílias ( que também podem ser chamadas de quadrilhas).



Edivaldo Linca

Moradores fecham Transamazônica no Perímetro do Mutirão

               Ontem (29/08) os moradores  da Transamazônica, parte que corta o Bairro do Mutirão interditaram a estrada com pneus nos quais atearam fogo.
Àquela população como todo o restante da cidade vive em situação de abandono, nenhuma política pública de saneamento chega até eles. No entanto, o moradores da Transamazônica vivem situação pior por que ali é uma área federal, sendo assim a prefeitura não faz nada argumentando não está dentro de sua jurisdição, e o governo federal nem enxerga os moradores dali. Resultado, o caos.
Com a construção de Belo Monte, boa parte dos ônibus passaram a trafegar neste trecho, tornando uma estrada perigosa aos pedestres, crianças. Também gerando uma poeira sem fim.
Aos moradores da Transamazônica vivem em situações sub-humanas, a poeira causa problemas de saúde, de higiene-pois nada para limpo.
Para melhorar a trafegabilidade dos ônibus foi passado máquinas na estrada, mas nada até agora para resolver o problema da população.
Vendo-se sem qualquer tipo de resposta por parte do poder público a solução foi fechar a trânsito, pra ver se enxergam gente não apenas uma via de acesso para empresas parasitas.

Por João Fernando

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Projeto que limita direito de greve é ameaça à qualidade do serviço público



   
   Manifestação de servidores em greve - Foto: Marcello Casal Jr./ABr
Em uma onda de paralisações nos últimos meses, servidores públicos federais podem ter seu direito de greve limitado. O governo federal sinalizou que, passadas as negociações, um projeto de lei será elaborado para regulamentar as greves no setor público.
Entre as propostas estão a de proibir paralisações de categorias armadas, corte de ponto dos grevistas e substituição dos servidores paralisados. Além de definir a porcentagem da paralisação nos serviços essenciais.
O doutorando em Direito do Trabalho na USP e advogado trabalhista, Thiago Barison, considera autoritária a restrição ao direito de greve. Para ele, isso pode levar à manutenção de baixos salários e uma piora nos serviços públicos.
“O fato de uma greve de servidores públicos trazer incômodos não pode ser visto jamais como um impedimento do direito de greve. Porque ao se retirar o direito de greve dessas pessoas, se está retirando daqueles que podem defender a qualidade do serviço público, um instrumento para tanto.”
Segundo Barison, o direito de greve é uma garantia dos trabalhadores de buscar melhorias no trabalho e nos serviços públicos.
“Esse raciocínio de punir a greve é, com todo respeito, um raciocínio mesquinho, é um raciocínio neoliberal. E nós sabemos quais são as consequências disso: diminui o serviço público, que fica sucateado, o capital humano fica desvalorizado, isso quando a gente pensa, sobretudo, em educação, saúde e segurança pública. Quem perde, afinal, é o serviço público e quem ganha é a iniciativa privada.”
As centrais sindicais querem que o governo regulamente a Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho, que defende direitos de organização sindical, de negociação coletiva e de greve.
Por Vivian Fernandes,

Tudo Pela Libertação, tudo na Paz!


Pergunto-me até quando as pessoas usarão a PAZ como argumento para justificar os braços cruzados diante do avanço da exploração capitalista sobre a classe trabalhadora,  destruindo sistematicamente um bem coletivo como os rios e florestas.
Em cada linha escrita por esse mero observador, nunca incitei a violência, mas  a ELEVAÇÃO DA CONSCIENCIA DE CLASSE. Penso que somente quando as pessoas tiverem uma formação que lhe apodere de uma força que emana do coletivo é que conseguiremos alcançar a liberdade necessária pra sermos felizes e termos oportunidades iguais
Vivemos num estado de coisas onde pensar e colaborar para que o próximo também tenha essa capacidade é visto como crime. No entanto é banalizado roubo de dinheiro público, trabalho escravo nos latifúndios, e tantos outros crimes, que geram inúmeras mazelas sociais, onde o prejudicado é quem está na base sustentando esse país: o trabalhador.
Quero recorrer aqui, talvez com muita pretensão, mas por necessidade, ao maior lutador que passou pelo mundo, Jesus Cristo.
Jesus quando iniciou seu ministério, pregava o amor ao próximo e a partilha. E por isso foi tido como agitador, daí o fim da história todos sabem.
Sabe o que é mais interessante de se observar é que O Filho de Deus não foi aceito pelos grandes sacerdotes do templo, pois seus ensinamentos iam de encontro ao comodismo, e tiraria os privilégios desses que mesmo oprimidos gozavam de situação confortável.
Cito aqui uma passagem bíblica proferida por Jesus: “Não penseis que vim trazer paz à terra. Não vim trazer paz, mas espada” (Mt.10:34). Ele tratava nessa frase da desunião que ocasionaria na escolha em segui-lo. Agir de fato segundo os princípios de Jesus Cristo é lutar pela igualdade, pela partilha da riqueza, pelo fim da submissão do homem pelo homem. Foi essa sua luta durante seu ministério, e por isso foi crucificado.
O que escrevo só incomoda os covardes e os patrões.
Mas uma coisa é fato, o dia em que o povo perceber que paga pra trabalhar, que os bens coletivos é posse de uma elite exploradora com certeza esse povo se levantará para tomar o que é seu. Aí camaradas, é inevitável o desfecho óbvio dessa história. A burguesia em momento algum dará de presente o que queremos e precisamos, teremos de tomar à força...
É só buscar na história, tudo de direito conquista pelos trabalhadores foi à custo de muita luta, não foi nenhum presente.
Não dá de tapar o sol com a peneira, queiram assumir ou não a sociedade vive em disputa constante, é o antagonismo Capital x Povo, nessa luta não história não há consenso. E, enquanto eles poderem irão nos reprimir e suprimir todos os nossos direitos.
É inútil querer humanizar o capitalismo, a sua essência é a destruição. Todo aparato Estatal é montado para garantir a manutenção desse sistema, e nenhuma mudança significativa será com apoio da Justiça, pois ela é impregnada da ideologia dominante é a própria classe dominante.
Sou amante da Paz, e sobre tudo da Liberdade. 
Por João Fernando

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Belo Monte: Não será a Justiça que vai Parar!!!


Os Ministros do STF ultimamente têm dado belos exemplos do que é a INJUSTIÇA TUPINIQUIN:
1.      O Ministro Marco Aurélio Mello libertou o Assassino da Irmã Dorothy;
2.      Ministro Ricardo Lewandowski, votou  pela absolvição do deputado João Paulo Cunha (PT-SP), de Marcos Valério e seus ex-sócios, Cristiano Paz e Ramon Hollerbach acusados no caso Mensalão;
3.      Agora o Ministro Carlos Ayres Britto libera a construção da hidrelétrica de Belo Monte.
Por que todos esses acontecimentos? Simples meus caros: se o Sistema é Capitalista o Estado é Burguês. Num Estado capitalista, toda sua estrutura é voltada única e exclusivamente para garantir os interesses dos que estão no poder. Nada de se preocupar com a vida, com as pessoas, o importante é o lucro a todo custo.
Dorothy Stang fica para as estatísticas da violência no campo. Assim avança o desmatamento das florestas, acelera a grilagem, finda a agricultura familiar e os  assassinos que fiquem livres...
A Constituição brasileira versa sobre o direito coletivo de usufruto dos recursos naturais. No entanto estamos nos deparando com um desenfreado processo de privatização desses recursos. Cada vez mais a lógica da produção social e apropriação privada é mais evidente e voraz.
Belo Monte é a síntese do absurdo! Todos os fatos e pesquisas apontam para a inviabilidade econômica e social da barragem. No entanto os idealizadores do Mostro, insistem em levar a ideia à frente a qualquer custo.
É uma queda de braço...Capital x Povo.
Quando a Tribunal Regional Federal da 1ª Região determinou a paralização de Belo Monte, eu disse que não demoraria muito para a decisão ser derruba. Dito e feito!
Não fico feliz por ter acertado no que disse, não dessa vez. Mas era algo óbvio. Todos sabem que Belo Monte é de interesse do Governo Federal, a maior obra do PAC no momento. Dilma, Lobão e companhia não deixaria a obra parar.
Belo Monte é muito mais que uma barragem a ser construída: é um símbolo da resistência popular. Ter essa obra pronta é uma vitória da elite pois venderá a idéia de que o dinheiro manda mais que a soberana vontade do povo, e que preservação do meio ambiente é apenas discurso furado das propaganda para vender mais produtos ao consumidor.
Esse monstro só será parado se, e somente se, houver um levante popular contra a construção. No entanto, a consciência da população não está no nível que lhes possibilite tal ação. Cada vez mais as pessoas são sucumbidas por um ideário consumista capaz de imobilizar a todos.
A Justiça do Brasil é uma piada constante. Piada que não faz rir, mais chorar, pois dói na carne do trabalhador(a). É a vida que perde o valor. Hoje é assassinos livres, trabalhadores reféns. Os rios têm donos, e as florestas também.
A Justiça não é cega, ela enxerga muito bem os seus, é tão imparcial quanto o jornal nacional...

Por João Fernando

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Supremo decide liberar obras de Belo Monte

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Carlos Ayres Britto, concedeu o pedido feito pela Advocacia-Geral União (AGU) para liberar as obras na usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. As obras estavam paralisadas por decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) de Brasília, que impediu o Ibama de tomar qualquer ato de licenciamento ambiental.

A AGU entrou com uma reclamação contra essa decisão, alegando que a decisão do TRF estava "prestes a inviabilizar o empreendimento, do qual, presentemente, depende o planejamento da política energética do país". "São incalculáveis as consequências dessa proibição de realização de qualquer ato de licenciamento da Usina Hidrelétrica de Belo Monte por parte do Ibama no cronograma governamental de planejamento estratégico do setor elétrico do país", afirmou a defesa do governo.

Britto aceitou as alegações da AGU. Agora, o Ministério Público do Pará, que é contrário às obras em Belo Monte, ainda pode tentar um novo recurso ao plenário do STF. Porém, o tribunal está dedicando as sessões plenário ao julgamento do mensalão. As últimas 15 sessões foram utilizadas para a análise da Ação Penal nº 470, como é conhecido o processo, e será difícil a Corte interromper esse processo para analisar o caso de Belo Monte.

Por  Juliano Basile e André Borges
Fonte:Valor

Nota do MAB sobre a suspensão das obras de Belo Monte


Por MAB

A Norte Energia, empresa privada que reúne todas as donas da barragem de Belo Monte, foi obrigada a suspender, na quinta-feira (23), o andamento das obras da barragem. A suspensão ocorre dez dias após a Justiça determinar a imediata paralisação, sob pena de multa de R$ 500 mil diários.
A 5ª Turma do Tribunal Federal Regional da 1ª Região determinou a suspensão por constatar ilegalidade no processo de autorização da obra, que deve respeitar a Constituição Brasileira e a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre a obrigatoriedade da escuta prévia aos povos indígenas.
O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), junto a muitas outras organizações e entidades também contrárias a Belo Monte, comemora e apoia a decisão judicial. Em nota, a Norte Energia afirma que “está tomando todas as medidas cabíveis para reverter a decisão judicial, com o objetivo de que as obras suspensas voltem à normalidade com o tempo menor possível”. O MAB alerta a Justiça, as autoridades e a sociedade em geral para a gravidade dessa declaração da empresa, pois mostra sua preocupação unicamente com a formalidade para que a obra siga avançando.
Para o MAB, os erros e violações de direitos humanos cometidos em Belo Monte, desde o início do licenciamento até hoje, um ano após o começo das obras, não se corrigem às pressas como deseja a Norte Energia, “num menor tempo possível”. O Movimento entende que a escuta aos povos indígenas deve possibilitar que eles sejam sujeitos de suas decisões e, não meros expectadores, como vem ocorrendo.
Além da questão indígena, de vital importância naquela região, o MAB defende a escuta aos atingidos em geral: ribeirinhos, camponeses, moradores das cidades, pescadores, e todos aqueles que tem seu modo de vida afetado pela construção da barragem. Certamente serão mais de 40.000 pessoas atingidas pela usina. As audiências públicas de Belo Monte foram mera formalidade e propaganda da obra e não um diálogo com a população. Em menos de um ano de construção, os vícios legais no licenciamento de Belo Monte já provocaram enormes prejuízos, alguns irreparáveis, para o ambiente e para o povo. Para citar alguns exemplos:
- Mais de 100 famílias ainda permanecem em área de risco na região da construção dos canais e sem nenhum tipo de indenização. Nas palavras de um morador: “quando dá explosão, cai faísca de pedra em nossa casa”.
- Mais de duas mil pessoas moram ou dependem do trecho de vazão reduzida, entre os projetos do muro e da casa de força. Juntamente com essa população, o Movimento reivindicou reunião com o IBAMA no mês de julho, mas ele disse não.
- Famílias residentes em áreas empobrecidas de Altamira, das quais apenas 5.200 são reconhecidas pela empresa, até hoje não sabem o que vai ser de suas vidas.
- Em Assurini, área rural onde moram aproximadamente 30 mil pessoas, as famílias não sabem sequer se são ou não atingidas pela barragem, pois há lugares em que as medições do nível da água do projeto de barragem ainda não foram feitas.
Lamentavelmente, a construção de barragens no Brasil segue um padrão nacional de violação dos direitos humanos, como um relatório do próprio governo comprovou em 2010 e até agora, pouco ou nada foi feito. Nas hidrelétricas do rio Madeira, em Rondônia, neste exato momento mais de 600 pessoas estão alojadas em hotéis, sem direito à moradia permanente, porque foram expulsas pela usina de Santo Antônio.
Enquanto o BNDES está para aprovar a liberação de R$ 20 bilhões somente para Belo Monte, milhares de atingidos estão condenados a miséria e a violações constantes. Nada disso tem sido levado em consideração pelos responsáveis. Apenas os interesses das empresas presentes no consórcio Norte Energia: o grupo Eletrobras, as empresas Neoenergia, Cemig, Light, Vale e Sinobras, o grupo J Malucelli, os fundos de pensão Petros (Petrobras), Funcef e Cevix 3.
O MAB entende que os direitos dos povos, inclusive o direito de dizer NÃO, deveriam vir antes do início da construção de uma obra tão complexa. Por isso, defende que a questão da retomada ou não das obras de Belo Monte seja tratada somente após as empresas cumprirem todas as obrigações previstas e repararem os imensos prejuízos já causados ao Xingu, ao povo e à Amazônia.

Organizações do campo repudiam construção de Belo Monte
Todos movimentos e entidades que atuam no campo brasileiro, reunindo mais de sete mil pessoas, participaram do Encontro Unitário dos Trabalhadores, Trabalhadoras e Povos do Campo, das Águas e das Florestas, entre os dias 20 e 22 de agosto, no Parque da Cidade, em Brasília.
Durante o encontro, as organizações construíram, de maneira unificada, uma posição contrária à construção de Belo Monte. Leia, a seguir, a moção de repúdio:

Moção pública sobre a hidrelétrica de Belo Monte
Unidos, os sete mil trabalhadores e trabalhadoras e povos do campo, das águas e das florestas, representando as 20 organizações reunidas no “Encontro Nacional Unitário” em Brasília, nos dias 20, 21 e 22 de agosto de 2012, apoiam e se somam à luta dos atingidos por barragens contra as violações de seus direitos e a construção da hidrelétrica de Belo Monte.
A usina de Belo Monte vai expulsar mais de 40 mil pessoas. Os mais de R$ 25 bilhões que serão investidos serão pagos pelo povo brasileiro através do BNDES e das contas de energia elétrica, para beneficiar as grandes corporações de energia, de máquinas e equipamentos e construtoras, como Iberdrola, Vale, Alstom, Siemens, Camargo Correa, Andrade Gutierez, Odebrecht, entre outras. Enquanto isso, as Estatais estão capturadas, cumprindo um papel subalterno para atender aos interesses privados.
Portanto, a usina de Belo Monte vai em direção contrária à soberania energética e aos interesses da classe trabalhadora. Nós, povos do campo, das águas e das florestas somos parte desta luta contra Belo Monte.

Associação Brasileira dos Estudantes de Engenharia Florestal (ABEEF)
Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB)
Conselho Indigenista Missionário (CIMI)
Coordenação Nacional do Quilombolas (CONAQ)
Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG
Comissão Pastoral da Pesca (CPP)
Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB)
Central Única dos Trabalhadores (CUT)
Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil (FEAB)
Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (FETRAF)
Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB)
Movimento Camponês Popular (MCP)
Movimento das Mulheres Camponesas (MMC)
Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA)
Movimento dos Pescadores e Pescadoras Artesanais (MPP)
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST
Pastoral da Juventude Rural (PJR)
Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (SINPAF)
CARITAS
VIA CAMPESINA

Fonte: Brasil de Fato

Ministro Marco Aurélio Mello concede habeas corpus ao Assassino de Dorothy


domingo, 26 de agosto de 2012

Campanha pede a democratização da comunicação


Na próxima segunda-feira (27) acontece o lançamento da Campanha Nacional por Liberdade de Expressão para Todos e por um Novo Marco Regulatório das Comunicações. A data é simbólica, pois marca os 50 anos do Código Brasileiro de Telecomunicações. O lançamento da campanha ocorre simultaneamente em Aracaju (SE), Brasília (DF), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Curitiba (PR) e São Paulo (SP).
A campanha está sendo organizada por diversas entidades da sociedade civil e tem como objetivo promover a luta por uma nova regulação dos meios de comunicação de massa no Brasil.
O lançamento da campanha em Aracaju ocorre às 15h, logo após haverá um debate sobre liberdade de expressão e democratização da comunicação no Sindicato dos Bancários, no centro da capital sergipana. Em Brasília, será às 19h30, com a realização de um debate sobre os cinco anos da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira-DF). Já em Recife, a campanha será lançada em um evento que começa às 10h e vai até as 21h. No Rio, será às 17h na Cinelândia, com a apresentação de vídeos, recitais de poesia e cordel, shows de músicas e a realização de um debate público. E em Curitiba, acontecerá um ato público, puxado pela Frentex - PR Frente pela democratização, a partir das 11h, na Boca Maldita, centro da cidade, com a presença de diversos movimentos sociais.
Em São Paulo, o lançamento da campanha será no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, às 19h30. No evento, haverá ainda um debate com a presença de Marilena Chauí, filósofa e professora da Universidade de São Paulo (USP), e Rosane Bertotti, do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC). Às vésperas das eleições municipais, a ideia é debater o que os prefeitos e vereadores podem fazer para promover uma comunicação democrática e plural nas cidades. Antes, acontecerá um ato lúdico, às 17h, em frente à Prefeitura de São Paulo e uma caminhada até o Teatro Municipal, no centro da capital paulista.
Durante a semana, outros eventos serão realizados em torno da Campanha Nacional por Liberdade de Expressão para Todos e por um Novo Marco Regulatório das Comunicações. 
Fonte: Brasil de Fato

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

O dia em que o Monstro Parou


A quinta-feira (23/08/12) será marcada como o dia em que Belo Monte Parou. Depois de nove dias da decisão do TRF 1 de suspender esse Monstro, somente ontem a Senhora Norte Energia foi notificada oficialmente pela Justiça.
Os trabalhadores que estavam nos canteiros da barragem foram retirados na tarde de ontem, antes do fim do expediente.
Essa situação promete ser uma bela queda de braço judicial, pois o Estado brasileiro está empenhado de fazer as vontades do Império, e quer ver Belo Monte construída  e fará de tudo para derrubar a decisão do Tribunal Federal da 1ª Região.
O que vem por aí...
A Norte Energia e seus aliados já expuseram sua tática de defesa: implantar o terror em Altamira e porque não no Brasil.
Em sua nota à imprensa e em todos os espaços midiáticos que falaram os representantes da NESSA, só faltaram falar do ARMAGEDOM, mais de todas as perspectivas catastróficas com a paralização de Bel Monte discorreram aos ventos: blecaute energético no Brasil, paralisação das condicionantes, fim dos pagamentos de impostos milionários às prefeituras, Estados e União, desemprego em massa, blá blá blá...
E de fato a questão do emprego é algo preocupante, porque a Região da Transamazônica e Xingu não é enxergada pelos nossos governantes com um viés humanístico, por aqui só enxergam um Rio capaz de gerar eletricidade. Não veem gente, que precisam de políticas de Estado, capaz de dá qualidade de vida ao povo Xinguara. Só vem qualquer ação governamental pra cá se for com Belo Monte, é uma imposição. Dessa forma, transformarão àqueles que lutam contra esse Monstro, em hereges do momento (como se já não fizessem isso diariamente), mas a diferença é que pessoas ficaram desempregadas e toda a burguesia de plantão apontarão os culpados pela falta de empregos.
Só espero que essa SUB-BURGUESIA IGNORANTE, além de criminalizar os lutadores do povo, e soltar suas notas mentirosas em seus sites, também saibam reconhecer pelo menos que Belo Monte não é a única saída para a região do Xingu e Transamazônica. Que essa SUB-BURGUESIA além de expropriar a riqueza produzida pelos trabalhadores, ao menos não coloque o POVO CONTRA O POVO.

Por João Fernando

terça-feira, 21 de agosto de 2012

O Estado brasileiro a serviço da Burguesia


Após a quinta turma do TRF 1 decidir pela paralização imediata da construção da Hidrelétrica de Belo Monte por diversas irregularidades, dentre elas a falta de ouvir as comunidade Indígenas afetadas pela futura barragem, toda estrutura do Estado brasileiro voltou-se para a defesa da elite: derrubar a liminar e fazer a construção continuar.
Um fato é que até agora a Dona Norte Energia não foi notificada da decisão da Justiça fazendo assim com que a construção continue normalmente.  A Advocacia Geral da União(AGU), espera só a empresa ser notificada para entrar na Justiça com  pedido de cancelamento da liminar.
A decisão d TRF 1 se tornará uma grande comédia quando a Norte Energia for notificada e meia hora depois a decisão de paralização for derrubada. Aos camaradas que também são contra Belo Monte, não pense que esse mero observador está sendo pessimista, o problema é que o circo está armado para uma grande palhaçada.

Por João Fernando

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

O Liberal culpa Professores pelo mal desempenho do Pará no IDEB


Na sua edição do dia 19/08, O Liberal, prestou-se ao infame papel e culpar os professores do Pará pelo baixo índice no IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica).
A matéria dava enfoque principal ao fato dos professores paraenses receberem um salário mais elevado que outras regiões do Brasil com melhores índices no IDEB.
Os Maioranas esqueceram de que os trabalhadores da Educação em todas as suas lutas que envolvem o salário, denunciam e exigem melhorias nas condições de trabalho. No entanto, a própria mídia burguesa, ao fazer a cobertura “jornalística” das ações, cumpre o papel de reduzir as reinvindicações simplesmente questão financeira, vendendo para o toda a sociedade uma imagem de que os educadores não passam de mercenários.
A valorização dos professores é apenas uma perna da sustentação de um ensino de qualidade. O Liberal não cita que as escolas são super lotadas, sem material didático (onde há quadro magnético, os professores é quem compram os pincéis).
E mais, trabalhar sem as devidas condições, com todas as mazelas sociais invadindo as escolas, e o governo prioriza acima de tudo a aprovação e não a qualidade do ensino. Pra inicio, digo, fim de conversa, o IDEB tem um grande defeito, um de seus parâmetros é o nível de aprovação das escolas, forçando assim uma enxurrada de aprovação de alunos sem o desenvolvimento das habilidades necessárias para cursar a próxima série.

Por João Fernando 

Eleições 2012 em Altamira 10: Juvenil, porque será hein?


É o assunto da semana, o Ditador (Juvenil), foi julgado e condenado pelo TRF 1. O processo era referente à irregularidades na aplicação de verbas públicas oriundas de um convênio estabelecido entre Prefeitura de Altamira e Funasa, quando o homem era prefeito da cidade.
IMAGEM MERAMENTE BIOGRÁFICA,KKK
Como sentença, o Juiz titular Pablo Zuniga Dourado, condenou o Ditador a perda de função pública, suspensão dos direitos políticos pelo prazo de cinco anos, proibição de contratação com o poder público ou recebimento de benefícios ou incentivos fiscais e creditícios, de forma direta ou indireta.
Pelo motivo óbvio o Juiz pede para à Justiça Eleitoral ser comunicada sobre a suspensão dos direitos políticos do réu e ao TCU e TCE do Pará sobre a proibição do réu de contratar com o poder público.
Claro que Domingos Juvenil, o Ditador, pode e recorrerá da decisão. Mas, o importante ressaltar aqui, é o fato de que essa condenação é apenas uma das ações das quais Juvenil é citado por desvios de dinheiro público. O Caso mais recente é o da ALEPA.
Temos aí meus caros, uma amostra grátis da escória que almeja chegar ao executivo municipal altamirense. Torço para que a decisão do Tribunal não volte atrás, fazendo assim com que o Honorável bandido de Altamira não concorra às eleições 2012.

Por João Fernando

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Norte Energia, Seu Nome é Terror


Depois da enorme surpresa (sim meu caros, a Senhora Norte Energia, com toda sua dinheirama não esperava por essa decisão do Tribunal) oferecida pelo TRF1, ao embargar a obra de Belo Monte, a concessionária dona da Obra apela pela tática do TERROR!
Hoje (17/08), em uma nota publicada em seu site, a Norte Energia, faltou dizer que o mundo entrará em colapso se Belo Monte não continuar sendo construída, e aí discorre um monte de mentiras, veja algumas:
1.       Diz respeitar a Constituição e legislação ambiental;
2.       Respeita os Povos Indígenas;
3.       As obras só iniciaram depois de cumpridas todas as exigências legais (acreditem, esses três pontos estavam num único paragrafo de três linhas).
4.       Reafirma que nenhuma terra indígena será afetada;
5.       Insistem em dizer que os indígenas foram consultados;
6.       Exalta-se pela realização das Audiências públicas;
Não preciso de muito argumento pra desfazer esse discurso fraco e mentiroso, é só lembra-los que a obra foi embargada justamente por falta do cumprimento dos pontos 1 e 2 citados acima.
Dizer que Belo Monte só começou a ser construída depois das exigências cumpridas é o cúmulo da mentira! Até hoje as condicionantes estão por serem cumpridas. Alunos e professores colocados num forno que chamaram de sala de aula. O novo Hospital Municipal até hoje continua no sonho da população, porque o que temos não suporta atender a população de Altamira. O Trânsito é um inferno. O aluguel, a questão da moradia é uma situação de calamidade, pais de família tiram do pão pra pagar os aluguéis a preços astronômicos.
Quanto as Audiências Públicas! Encenação, só isso. O Povo foi lá em peso, questionou o projeto, disse NÃO, e mesmo assim chegou no estágio que está.
Depois de repetir as mentiras que já soltam diariamente, discorrem sobre o CAOS causado pela paralização de Belo Monte:
1.       A paralização de Belo Monte trará consequências irreversíveis à matriz energética brasileira;
2.       Interrupção de investimento de R$ 3 bilhões previstos em 117 programas do Projeto Básico Ambiental (PBA);
3.       As administrações municipais, estaduais e federais sentirão  as consequências em suas arrecadações, já que no recolhimento de impostos e de encargos, da ordem de R$ 45 milhões/mês, relacionados à obra de Belo Monte terão de ser paralisados;
4.       Demissão de 20 000 trabalhadores ligados à obra.
Sinceramente, lendo a Nota, em um dado momento pensei em está lendo o livro de Apocalipse. É o fim do mundo e ninguém me avisa!?
Eu me pergunto, e certamente todas as outras pessoas sensatas se perguntarão: essa cambada de engenheiros passam um tempão da vida dele numa cadeira de Universidade pra citar numa Nota somente como fonte de energia as Termoelétricas? Ah, vão catar coquinho... Tanta fonte de energia limpa, eólica, solar. De fato elas têm um defeito: não rende tanto lucro às empreiteiras, e barrageiros de plantão.
No tocante aos impostos, a própria Prefeitura de Altamira entrou na justiça pra receber os impostos sonegados pela construtora da barragem (CCBM), e a Norte Energia comprava seus materiais fora do Estado, quando o contrato inicial era comprar no Pará.
Em relação aos investimentos do PBA, o mais importante para o povo nunca foi apresentado: a moradia.
Já as demissões são de causar pesar. No entanto, um país no porte do Brasil, não pode ser refém de um único modelo de geração de emprego. Somo uma região com grande potencial produtivo, capaz de gerar muitos postes de emprego. Nunca gerou porque a intenção era criar um estado de miséria para forçar a aceitação da  barragem pela população.
Norte Energia, não será implantando o terror na mente de todos que conseguirá reverter a situação, os crimes contra os povos indígenas, contra Altamira, contra o Meio Ambiente.


Por João Fernando

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

O Império Contra-Ataca

No Editorial do Jornal O Globo de hoje(16/08), veio mais um absurdo encomendado nos produtos jornalísticos dos Marinhos.
O Pior é que chegaram a dizer que os canteiros de Belo Monte vive sob ataques de guerrilhas, e trazem novamente a teoria do blecaute, da escassez de energia.
O Império Global, contra-ataca por encomenda da Senhora Norte Energia, implantado o medo, não só na nossa região, mais em todo Brasil. Depois são os Movimentos Sociais que espalha o medo...
Abaixo segue a matéria...
Por João Fernando


Voto Nulo


Eleições 2012 em Altamira 9: Délio Fernandes, um Morto Bem Vivo


O processo eleitoral em Altamira tem sido algo interessante de se ver. Os três candidatos entraram na luta pela prefeitura com unhas e dentes.
A principio ver-se uma disputa polarizada entre o Ditador (Juvenil) e o Ex-menino-Pobre (Claudomiro), ficando assim o Grileiro (Délio) como um peso morto no meio de tudo.
Assim, vê-se com frequência o Ditador fazendo uso de seu ATM TV para atacar o Ex-menino-Pobre.
Mas, enquanto isso, em um comitê pago com dinheiro da SUDAM, Délio Fernandes vai costurando algumas alianças políticas, capaz de lhe dá notoriedade frente ao povo.
Prova disso que algumas pessoas de Altamira tem valor: Se vendem por algumas notas de reais contendo uma garoupa.
As campanhas eleitorais nos trazem a certeza imposta pelo sistema capitalista: tudo é passível de compra e venda: a felicidade, sexo, o voto, e o apoio eleitoral.
Assim com seu poder financeiro, o Grileiro vai comprado apoio de quem se encontra pela frente. Exemplo disso, é Josué Cavalcante, que era nome forte do lado de Claudomiro Gomes, da noite pro dia mudou de lado. E porque? Dinheiro amigos, dinheiro...
Vemos então um Morto, que aparece mais Vivo do que nunca...
Por João Fernando

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Mães de Maio tem conta bloqueda no Facebook


A página no Facebook do Movimento Mães de Maio está suspensa desde a manhã desta terça-feira (14). Em sua rede de amigos o movimento contava com mais de 35 mil seguidores e assinantes (diretos e indiretos).
A mensagem que receberam dizia que a página foi desativada porque a conta não era “autêntica” e também por “violar os termos do Facebook”. Segundo o Movimento, todos os procedimentos exigidos pela rede social foram tomados, como o envio de documentos com dados pessoais dos administradores do perfil, mas mesmo assim a página continua desativada.
Danilo Dara, um dos responsáveis pela página, desconfia que a censura se deva à amplitude da rede que o Movimento criou na internet. Segundo ele, a página era utilizada para produzir informações e denunciar os abusos de violências e violações cometidas pelo estado brasileiro. “Quanto mais tempo demorar pra conta voltar intacta, vai aumentar mais a nossa suspeita de que seja uma desativação com fins políticos, uma espécie de censura”, afirma.
Ao todo, quase mil pessoas já compartilharam a campanha de apoio ao Movimento no Facebook, exigindo que a página volte à rede o “mais rápido possível”.  
Um grupo foi criado para rearticular amigos do Movimento Mães de Maio, mas o medo é que se percam as dezenas de milhares de amigos e assinantes que o coletivo tinha na rede, além de todo o histórico e postagens, que incluíam fotos, textos, campanhas nacionais e internacionais.
“Isso será realmente trágico se acontecer. Os nossos mais de 11 mil seguidores diretos, e centenas de milhares indiretos têm o direito à livre informação e comunicação com nossa Rede de Familiares e Amigos de Vítimas do Estado”, ressalta Dara.
O Movimento Mães de Maio é formado por centenas de mães e por milhares de familiares e amigos das vítimas dos crimes de maio de 2006 em São Paulo, quando grupos de extermínio ligados à Polícia Militar assassinaram mais de 500 pessoas em apenas oito dias. A maioria dos crimes continua sem punição.
Por José Francisco Neto
Fonte: Brasil de Fato

Em greve, seguimos!


Estamos prestes a completar três meses de greve na maior parte das universidades públicas brasileiras. Para quem acreditava que esta categoria estava “morta em vida”, paralisada no seu produtivismo individual e mercantil, eis um bom exemplo da aparência fraudadora da essência política.
A greve tem colocado em movimento não só a histórica luta por uma educação de qualidade, mas essencialmente a necessidade de formação política e o diálogo com a sociedade sobre os processos educativos, para além do plano reivindicativo.
Reivindicar melhorias de condições de trabalho implica uma relação direta de respeito e adesão à luta dos técnicos administrativos e alunos. Isto exige debater, com profundidade política e acadêmica, sobre a educação que não teremos, caso não nos movimentemos juntos, contra as atuais políticas de desenvolvimento projetadas para o nosso País.
Algumas das características chaves que nos colocam em greve, como categoria, são: salas de aula lotadas; carga horaria de trabalho em sala de aula excessiva; produtivismo exacerbado, sendo números e formulários a única forma padrão de ser acadêmico de referência CAPES; hierarquização quantitativa do plano de carreira com perdas expressivas para as novas gerações de professores públicos federais – tanto do ensino médio como universitário; hospitais e restaurantes universitários terceirizados e sucateados; ausência de moradia estudantil; salários incompatíveis com o sentido de dedicação exclusiva, se retiradas as gratificações; hierarquização da remuneração pelos títulos e não pelo saber e pela história de dedicação à educação pública de qualidade.
Para os que vivemos o ambiente universitário atual e lutamos para que ele seja mais democrático, participativo e popular, a luta pela educação pública como direito social e dever do Estado, nos exige pensar duas coisas básicas:
1) o processo histórico de degradação da carreira e do sentido de se optar politicamente por ser professor/professora e de se fazer a opção pela educação pública, frente aos ditamos da lógica privada geral, no atual modelo de desenvolvimento dependente brasileiro;
2) o processo de debate com a sociedade sobre os modelos de desenvolvimento e a forma de se tratar as questões chaves manifestas pelos projetos em disputa tanto na educação, quanto na saúde, na questão agrária, entre outras.
Os aspectos positivos da greve estão relacionados ao convívio politizador das e entre as categorias, tanto no interior das universidades, como na relação com a sociedade e demais categorias em greve.
A greve nos abriu uma possibilidade na construção político-educativa: a de nos reconhecermos, como educadores, por opção política. Foi o reforço de nossa re-ação como protagonistas do processo que desejamos construir, a partir da luta que realizamos contra aqueles que prestam um desserviço à Nação, ordenados e orquestrados pelo capital, contra o trabalho, tanto na produção do conhecimento, quanto na produção de mercadorias atreladas a ele.
O saldo positivo da greve não está no êxito das conquistas nas negociações com o Governo, que desde o início se mostrou intransigente na sua lógica de não se dispor a efetivar um processo compatível com o que reivindicamos, no que tange à garantia da qualidade do trabalho do servidor público federal.
Parte do saldo positivo da greve está no movimento coletivo que se abre, a partir dela, mas vai além. A capacidade de romper com a lógica sistêmica e instituir uma construção coletiva em que os saberes se juntem na multiplicidade dos fazeres coletivos no interior da universidade e para grande parte da sociedade.
É assim como a luta pelos 10% para a educação, pautada por várias categorias, vai sendo assumida, como disputa pelo orçamento previsto e executado com supremacia pelo capital, na atual política educacional do Governo brasileiro.
Uma nova juventude está em movimento em todo o Brasil. Este grupo assumirá a batuta da educação superior nos próximos 15 anos, como educando e educador. E já começou o exercício coletivo de formação política, na luta, sobre o que se tem e o que fazer para efetivar o que se quer.
O que está em xeque é o modelo de desenvolvimento brasileiro. A questão da educação, aberta pelas várias greves, se soma à questão agrária, à questão do trabalho, à questão da saúde, enfim, o projeto de desenvolvimento que temos, não queremos e gritamos, com eco coletivo, o que necessitamos realizar juntos, dentro e fora da ordem.
Por Roberta Traspadini 
Fonte: Brasil de Fato