Páginas

"Se você treme de indignação perante uma injustiça no mundo, então somos companheiros". (Che Guevara)

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Mães de Maio tem conta bloqueda no Facebook


A página no Facebook do Movimento Mães de Maio está suspensa desde a manhã desta terça-feira (14). Em sua rede de amigos o movimento contava com mais de 35 mil seguidores e assinantes (diretos e indiretos).
A mensagem que receberam dizia que a página foi desativada porque a conta não era “autêntica” e também por “violar os termos do Facebook”. Segundo o Movimento, todos os procedimentos exigidos pela rede social foram tomados, como o envio de documentos com dados pessoais dos administradores do perfil, mas mesmo assim a página continua desativada.
Danilo Dara, um dos responsáveis pela página, desconfia que a censura se deva à amplitude da rede que o Movimento criou na internet. Segundo ele, a página era utilizada para produzir informações e denunciar os abusos de violências e violações cometidas pelo estado brasileiro. “Quanto mais tempo demorar pra conta voltar intacta, vai aumentar mais a nossa suspeita de que seja uma desativação com fins políticos, uma espécie de censura”, afirma.
Ao todo, quase mil pessoas já compartilharam a campanha de apoio ao Movimento no Facebook, exigindo que a página volte à rede o “mais rápido possível”.  
Um grupo foi criado para rearticular amigos do Movimento Mães de Maio, mas o medo é que se percam as dezenas de milhares de amigos e assinantes que o coletivo tinha na rede, além de todo o histórico e postagens, que incluíam fotos, textos, campanhas nacionais e internacionais.
“Isso será realmente trágico se acontecer. Os nossos mais de 11 mil seguidores diretos, e centenas de milhares indiretos têm o direito à livre informação e comunicação com nossa Rede de Familiares e Amigos de Vítimas do Estado”, ressalta Dara.
O Movimento Mães de Maio é formado por centenas de mães e por milhares de familiares e amigos das vítimas dos crimes de maio de 2006 em São Paulo, quando grupos de extermínio ligados à Polícia Militar assassinaram mais de 500 pessoas em apenas oito dias. A maioria dos crimes continua sem punição.
Por José Francisco Neto
Fonte: Brasil de Fato

Nenhum comentário: