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"Se você treme de indignação perante uma injustiça no mundo, então somos companheiros". (Che Guevara)

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Se eu fosse Ex-Presidente

               Estou acompanhando a cobertura jornalística sobre o tratamento de Lula, que foi diagnosticado com câncer na Laringe. Tudo muito rápido, no sábado descobriram o câncer, na segunda-feira já iniciou a quimioterapia. Tudo como tem que ser.
Um brasileiro comum, usuário do sistema único de saúde, ao descobrir o câncer, além de se abater psicologicamente por conseqüência da doença, também sofreria por não conseguir uma vaga para fazer a quimioterapia. Para um trabalhador, as coisas não são nenhum pouco fácil, tem que aguardar sua vez numa fila enorme nas centrais de regulação.
Se eu fosse ex-presidente, não estaria até hoje esperando ser marcado meu exame de endoscopia que deixei na central de regulação de Altamira há exatamente um ano e três meses. De certo que já estava curado da enfermidade que me aflige, que até hoje nem sei o que é.
Não estou aqui vendo a rapidez com que Lula está se tratando como algo ruim, muito pelo contrário, penso que deve ser assim mesmo, só que de maneira universal. O SUS sonhado por todos os brasileiro comuns é o Sírio Libanês de Lula. Só desejamos nos consultar, fazer os exames necessários para um correto diagnóstico e o imediato o tratamento.

Por Paulo Villa Real

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

BR 230 e Canteiro de Obras são liberados depois de 12 horas de protestos

Na manhã desta quita-feira (27/10) índios de 6 etnias e movimentos sociais acamparam e um dos alojamentos do canteiro de Obras de Belo Monte, 4 ônibus deslocaram cerca de 200 pessoas para o local que fica à 50 Km de Altamira, sentido Anapú, o transito na BR 230 foi paralisado, máquinas que deveriam entrar para os canteiros de obras foram barradas, a manifestação dos índios e movimentos sociais é para abrir diálogo com a Norte Energia a respeito das oitivas indígenas e realocação de famílias altamirenses que vão ser afetas pelo lago da usina, das quais as perguntas até hoje não foram apresentadas à público.

Por volta do meio dia duas ambulâncias romperam o bloqueio, pacientes em estado grave seguiram para o Hospital Regional da Transamazônica, segundo representantes do Movimento Xingu Vivo Para Sempre dizem que a ocupação é o ato de encerramento do Seminário Mundial que aconteceu em Altamira nos dias 25, 26 e 27 deste mês.

Foto: altamirahoje.blogspot.com

Durante a tarde vários caminhões já estavam parados na rodovia somando mais de 5 km de congestionamento, o acesso ao canteiro de Obras foi bloqueado, a pé muitos viajantes conseguiu fazer bandeamento”. No final do dia um advogado da Norte Energia compareceu no local com dois oficiais de justiça da comarca de Altamira, eles trouxeram um mandado de reintegração de posse houve bate-boca entre o advogado da Norte Energia e um advogado da SBDH – Sociedade Brasileira dos Direitos Humanos, só depois das 18 horas é que os alojamentos foram liberados pelos índios, o mandado foi emitido pela Juíza Cristina Collyer Damásio em Altamira.
A cópia do mandado foi fixada em vários locais da entrada do alojamento, índios fizeram danças e disseram que as reivindicações em Brasília já estavam bem encaminhadas, logo em seguida uma assembléia feita no meio da BR 230 pôs fim ao bloqueio que durou 12 horas.
Por Felype Adms
Fonte: Altamira Hoje

Desocupado canteiro de obras de Belo Monte

Agora a noite foi desocupado o canteiro de obras de Belo Monte. Ainda não tenho muitas informações sobre o fato, mas sei que já havia um mandato de reintegração de posse expedido pela justiça.
Por Paulo Villa real

Ocupado canteiro de obras da usina de Belo Monte


O canteiro de obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, na região de Altamira (PA), está ocupado por mais de 600 indígenas, pescadores, ribeirinhos e populações ameaçadas pelos impactos sociais e ambientais do grande empreendimento. A ocupação começou na madrugada desta quinta-feira (27).
Foto: Rebecca Sommer/ Movimento Xingu Vivo
A Rodovia Transamazônica (BR-230), a partir de trecho em frente ao canteiro, na altura da Vila de Santo Antônio, região de Altamira, está interditada e só passam veículos transportando doentes.
Em assembleia realizada na manhã desta quinta-feira, o movimento definiu como principal reivindicação que o governo federal envie autoridades para negociar com os as populações tradicionais o fim das obras de Belo Monte.
Outra decisão tomada pelos ocupantes é que o acampamento no canteiro de obras será permanente e desde já convocam outras entidades e movimentos a cerrarem fileiras nessa luta que, conforme os manifestantes, não irá parar.
Todo o processo de ocupação ocorreu de forma pacífica e é fruto das discussões entre os povos tradicionais durante o seminário “Territórios, ambiente e desenvolvimento na Amazônia: a luta contra os grandes projetos hidrelétricos na bacia do Xingu”.
Com o encontro, se pretendia analisar a conjuntura em torno de Belo Monte e discutir respostas às situações de risco e impactos geradas pela usina. As mesas de debate foram suspensas em vista da ação de ocupação do canteiro de obras.
São 21 povos indígenas envolvidos na mobilização. “Para mim, as pessoas que estão querendo fazer essas usinas, são uma doença. São um câncer que vai matar o planeta. Nós somos o remédio para essa doença!”, disse Davi Gavião que segue: “Sou filho de quem foi impactado por uma usina. Faz 35 anos que nosso povo foi retirado da sua área e até agora estamos lutando por uma indenização. Faz 35 anos! Essa Belo Monte vai trazer muitos impactos também. Temos que lutar contra todas as barragens! (sic)”.
Entre os pescadores, Raimundo Braga Nunes: “Tenho certeza que depois de Belo Monte vou ser obrigado a mudar de trabalho, porque peixe não vai ter. Vai morrer, ou vai migrar. Eu não me calo, estou pronto para brigar, preparado. Convido nossos amigos indígenas para somar forças para proteger nosso rio. O Xingu é nosso pai e mãe”.
Foto: Rebecca Sommer/ Movimento Xingu Vivo
Decisão adiada
Nesta quarta-feira (26), as populações impactadas viram o desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) Fagundes de Deus votar contra a Ação Civil Pública que pede a paralisação das obras de Belo Monte. Conhecedor do setor energético, o desembargador se posicionou tendo como base a experiência adquirida na área, pois já advogou para a empresa Eletronorte.
Impetrada pelo Ministério Público Federal (MPF), a ação é um recurso de apelação onde se pede o cancelamento do licenciamento ambiental e a inconstitucionalidade do Decreto 788/2005 do Congresso Nacional – que libera a obra sem a realização da consulta de boa fé aos povos indígenas do Xingu e populações tradicionais, tal como diz a Constituição Federal e a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
A desembargadora Maria do Carmo Cardoso, terceira a votar a matéria durante a sessão desta quarta-feira doTRF-1, em Brasília (DF), pediu vistas da Ação Civil Pública e interrompeu o julgamento – programado para entrar em pauta no dia 9 de novembro.
Dessa forma, a ocupação é também uma resposta a postura da Justiça que apesar de todas as irregularidades, 11 ações denunciando ilegalidades no processo de Belo Monte em tramitação, além de pareceres contrários à obra trabalhados por um painel de especialistas e MPF, não interrompe as obras. Sobretudo, não reconhece a e leva em conta a opinião das comunidades que agora ocupam o canteiro.

Por Renato Santana
Fonte: Brasil de Fato

Corrupção, mídia e farsa

A farsa da oligarquia da mídia contra a corrupção está em marcha. No feriado do dia 12, a TV Globo fez até plantão, com repórter na Esplanada, em Brasília, interrompendo a programação normal, para falar de toda a sua grande esperança e torcida para que a denominada Marcha contra a Corrupção fosse massiva. 
Que diferença da TV Globo dos anos de 1980 quando sonegou ao povo, até não poder mais, informações sobre a Campanha das Diretas-Já, quando milhões de cidadãos foram às ruas para conquistar, finalmente, o voto direto e enterrar a ditadura, defendida pela emissora! 
Há uma tentativa de “teorização vulgar”, quando jornalistas tucanos, como Eliane Cantânhede - que chegou a considerar um comício do PSDB como uma “manifestação de massa cheirosa” - esforçam-se por argumentar que algo inédito estaria ocorrendo nestas manifestações porque não registram presença de partidos, sindicatos, movimento estudantil ou social. Segundo dizem, esta característica conferiria um novo conteúdo à manifestação, de modernidade, espontaneísmo, sem contaminação político-partidária, como a negar o papel da liberdade partidária e sindical, conquistada pelo povo após o funeral da ditadura. Há uma dose de farsa nisto tudo, primeiro porque alguém pagou pelas vassouras (que lembram Jânio Quadros) da manifestação, que também contou com convocação da juventude do PSDB. 
As greves de várias categorias por melhor remuneração e condição de trabalho, a luta que continua pela reforma agrária, pelo direito a moradia, mostram claramente que partidos, sindicatos e movimentos sociais não estão cooptados. Ao contrário, estão arrancando conquistas legítimas. Esta é uma conclusão importante. Outra, é sobre a aliança que determinados segmentos da esquerda estão realizando com a TV Globo, terminando por reforçar, involuntariamente, o discurso conservador de que a corrupção foi inventada por Lula-Dilma. Isto sim deve ser motivo de preocupação, sobretudo após a assustadora aliança de setores da esquerda com a OTAN em sua agressão imperialista à Líbia.

Por Beto Almeida
Fonte: Brasil de fato

Professores da rede estadual de ensino continuam em greve



Ontem os trabalhadores da educação altamirense, fizeram mais uma caminhada pelas ruas. O motivo era expor à toda população que ainda estavam de greve, e explicitar os motivos da paralisação do trabalho.
A atividade iniciou em frente a escola Polivalente, percorrendo as principais ruas da cidade, e findando em frente ao prédio da 10ª URE que há dois anos está em construção.
Essa caminhada contou com a presença de muitos alunos, pois são eles um dos afetados diretos pela falta de investimento na educação, que passa pela má conservação dos prédios, falta de merenda escolar, falta ou insuficiência de recursos didáticos e péssima remuneração dos professores.
Na sexta-feira terá novamente uma reunião entre sindicato e governo estadual afim de que cheguem a um acordo pelo fim da greve.
Por Maria Fernanda Linhares