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"Se você treme de indignação perante uma injustiça no mundo, então somos companheiros". (Che Guevara)

domingo, 30 de setembro de 2012

Oferta de emprego reduz número de domésticas no país



Oferta de emprego reduz número de domésticas no país O aquecimento do mercado de trabalho, com queda nas taxas de desemprego, também está provocando mudanças no tipo de ocupação das brasileiras. Com mais ofertas de emprego em atividades variadas e melhores níveis de qualificação, elas vão assumindo, aos poucos, novas funções e, pela primeira vez, o trabalho doméstico deixou de ser a primeira opção para garantir o sustento próprio e da família entre as mulheres no país, segundo levantamento realizado pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM) da Presidência da República.
Com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2011, o estudo revela que o contingente de faxineiras, babás, cozinheiras e responsáveis por serviços gerais nos domicílios perdeu espaço para outras ocupações.
A pesquisa foi apresentada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na semana passada e demonstrou que as comerciárias assumiram a liderança do ranking das atividades desempenhadas pelas mulheres, empregando 7 milhões de brasileiras (17,6% da força de trabalho feminina do país). Em segundo lugar estão as trabalhadoras em educação, saúde e serviço social.
As empregadas domésticas, que sempre vinham no topo da lista como categoria que mais emprega mulheres no Brasil, aparecem em terceiro lugar. Essa categoria caiu de 6,7 milhões, há três anos, para 6,2 milhões no ano passado, correspondendo a 15,7% do total das trabalhadoras. Em 2009, o percentual de domésticas entre as trabalhadoras era 17%.
A coordenadora dos programas de educação e cultura da SPM, Hildete Pereira, explicou que esse movimento já poderia ter ocorrido na Pnad 2009, principalmente em função da maior qualificação das mulheres e da diversificação do mercado de trabalho. Porém, com a crise financeira internacional em 2008, o comércio se viu obrigado a enxugar as contratações. Ela acredita que a migração para outras atividades representa um ganho importante em termos de condições de trabalho para essas mulheres.
“A sociedade não vê o trabalho doméstico como vê o de uma comerciária, por exemplo. Embora a categoria tenha registrado conquistas importantes, muitas trabalhadoras domésticas ainda sofrem jornadas de trabalho extremamente altas e não têm carteira assinada”, avaliou.

 Pró-trabalhador

A queda no número de domésticas no Brasil caracteriza a busca por um trabalho com maior proteção social, já que direitos reconhecidos para as demais categorias de trabalhadores não fazem parte do cotidiano dessa classe. Para o professor e pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) Fernando de Holanda Barbosa Filho, a ocupação de novas funções pelas mulheres no mercado de trabalho reflete um momento que classifica como “pró-trabalhador”.
“Com a ampliação na oferta de empregos, o trabalhador tem mais poder de barganha do que o empregador. Com o desemprego alto, o empregador impõe as regras, mas com o desemprego baixo, o empregado consegue uma posição melhor, uma remuneração melhor e até negociar suas condições de trabalho. Essa migração das mulheres para outros setores é um reflexo positivo de uma economia com desemprego em baixa e salário em alta”, avaliou.
Entre os direitos negados às empregadas domésticas atualmente na legislação brasileira estão a definição da jornada de trabalho, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), o seguro-desemprego, o benefício por acidente de trabalho, o adicional por trabalho noturno, a hora extra e o salário-família.
Barbosa filho ressaltou que, economicamente, trata-se de um movimento positivo. Em outras épocas, quando a economia dava indícios de menor dinamismo, essas mesmas trabalhadoras poderiam não estar satisfeitas com suas posições no mercado, mas não tinham muitas opções de conquistar outros postos. “Vemos menos pessoas querendo trabalhar como empregados domésticos e conseguindo”, explicou.
Barbosa Filho defende, no entanto, que a universalização da educação, que contribui para o aumento da escolaridade média do brasileiro, seja um fator importante de migração para outras áreas profissionais. “Tanto é que vemos muitas filhas de empregadas domésticas que já não seguem a profissão de suas mães e conquistam outras colocações no mercado de trabalho”, argumentou.
A paraibana Vandoclecie Rodrigues, de 24 anos, trabalha há dois anos como babá. Com o ensino médio completo, ela garante que ficará na profissão por pouco tempo, só até juntar o dinheiro necessário para cursar uma faculdade. Segundo ela, a mãe, que é empregada doméstica, é sua maior incentivadora. “Meu sonho é fazer faculdade na área de saúde e trabalhar em um grande hospital, talvez cuidando de crianças. Estou juntando dinheiro e daqui a uns anos acho que consigo”, disse.
Casos como o de Vandoclecie devem se tornar cada vez mais comuns no Brasil, na opinião de Barbosa Filho. Essa tendência é observada em países onde ocorre o aumento da renda da população em geral, provocando escassez e a consequente elevação dos custos do trabalho doméstico.
“Não acho que vai acabar esse tipo de trabalho no Brasil, mas quem for assumir essa atividade vai exigir salários cada vez mais elevados para abandonar as outras ofertas de emprego. Nos Estados Unidos, ele ainda existe, só que é muito caro e só os ricos conseguem pagar por esse tipo de funcionário”, exemplificou.
“O que deve acontecer no Brasil, gradativamente, é que a classe média ou vai ter que comprometer uma parte substancial da sua renda para ter uma empregada doméstica ou abrir mão do serviço e viver em uma casa ‘mais eletrônica’”, avaliou.
Por: Thais Leitão
Fonte: Rede Brasil Atual

sábado, 29 de setembro de 2012

Maomé também quer rir


Nas últimas semanas, a palavra “intolerância” tem descrito os protestos no mundo islâmico, que acabaram resultando em pessoas mortas e feridas. Iniciados por um trailer de um filme chamado “A inocência dos mulçumanos”, que satiriza o profeta Maomé, e seguido por diversas caricaturas irônicas do profeta em uma revista francesa chamada Charlie Hébdo, os episódios mostram a intolerância com que nossa sociedade trata uma cultura que sequer conhece propriamente, disfarçando o preconceito sob o manto de um humor supostamente inofensivo.
O editor da revista Charlie Hébdo, conhecido como Charb, alega que resolveu lançar uma edição polêmica com o objetivo de defender a liberdade de expressão. “Se começarmos a nos questionar se temos ou não o direito de desenhar Maomé, se é perigoso ou não fazê-lo, a questão seguinte certamente será: ‘podemos representar os muçulmanos em nosso jornal?’ etc. E, no final, não poderemos mais fazer representação de nada. Assim, o punhado de extremistas que está se agitando no mundo inteiro terá vencido”. Vale notar que o jornal, que costuma vender 45 mil exemplares, já vendeu 75 mil edições, e já prepara mais 200 mil para levar às bancas.
A fala do editor levanta um tema central: a forma como os muçulmanos são representados na mídia e no imaginário popular. O muçulmano que a Charlie Hébdo quer representar não passa de uma imagem, um estereótipo de um ser irracional, cego pela fé e violento. A revista não se esforça, com essa atitude, em retratar os muçulmanos como pessoas de verdade, e fazendo isso, ela cai na armadilha de se tornar exatamente o que critica: irracional ao desumanizar um povo inteiro, cega para tentar compreender a realidade, e violenta ao atacar superficialmente o que desconhece.
Nesse sentido, o humor tem um papel importante em mascarar o discurso reacionário da publicação, transformando-o em algo progressista. Sob o manto de uma suposta “neutralidade do riso”, a revista diz defender a liberdade de expressão; só porque é possível ironizar o “radicalismo islâmico”, não quer dizer que se deva fazer isso em um momento no qual protestos irrompem justamente por causa disso. O histórico anti-islã da publicação remonta à 2006, quando ela reproduziu caricaturas de Maomé publicadas em um jornal dinamarquês de extrema-direita, chamado Jyllands-Posten.
Em 2011, quando a redação da Charlie Hébdo foi incendiada após o anúncio de que a revista publicaria caricaturas anti-islâmicas, a publicação disse em editorial que “compreendemos perfeitamente que um muçulmano não queira ver desenhos de seu profeta, nem comer porco, muito menos rir dos desenhos de ‘Charlie’. Mas há outros que não são muçulmanos. Portanto, temos direito de desenhar Maomé, comer porco ou rirmos de qualquer coisa. Também não somos cristãos, judeus ou budistas”.
A ideia de que é possível fazer piadas de mau gosto e ofensivas sobre certos grupos é algo extremamente comum na nossa sociedade, pois a noção de que “uma piada é apenas para fazer rir, não é algo sério, e quem se ofende com isso é intolerante” é muito forte; no entanto, esse tipo de discurso apenas disfarça o sentido político e ideológico de um humor reacionário, que não tem o propósito de criticar a estrutura social, apenas ofender um grupo para com isso vender mais exemplares e parecer mais libertário do que realmente é.
Ao dizer que o humor não pode ser criticado ou questionado por ser apenas algo que faz rir, este se torna algo sagrado, e seus religiosos defensores, muitas vezes extremistas desqualificam qualquer argumento contrário. Essa visão do humor também dá liberdade aos seus interlocutores de falarem o que quiserem, sem que isto tenha consequências. A própria Charlie Hébdo, ao ser processada em 2006 pelas caricaturas anti-islã, foi absolvida em primeira e segunda instâncias.    
O que o episódio da Charlie Hébdo mostra é que o humor nunca é algo neutro; pelo contrário, é uma forma de transmissão de ideias poderosíssima, que pode tanto mostrar a hipocrisia da sociedade em relação a determinados temas, quebrando noções estabelecidas da forma mais irônica possível, como pode reforçar preconceitos já existentes.
No Brasil, por exemplo, o jornal O Pasquim, engajado na denúncia dos abusos do regime militar, foi exemplo do humor emancipador, ao passo que os quadros do programa Zorra Total, que se utilizam de personagens pobres, negros e homossexuais para basear suas piadas, muitas vezes ofendendo os grupos retratados, é um exemplo do humor que apenas reforça preconceitos.
Com isso não se quer dizer que não se pode fazer piadas com esses grupos, ou no caso, com os muçulmanos. O problema reside nessa concepção de humor “politicamente incorreto”, que é polêmico apenas pelo fato de ser polêmico, e nos humoristas, que não conseguem enxergar a sua atividade como uma forma de transmissão de ideias.
Um humorista que entende o papel de sua atividade pode, por exemplo, usar um personagem homossexual para criticar o preconceito e a violência pela qual a população LGBT está sujeita, assim como pode se utilizar de um muçulmano para mostrar a hipocrisia da nossa sociedade em rotular todos os islâmicos como terroristas, violentos e fanáticos.
Se a Charlie Hébdo quisesse ser de fato uma revista polêmica em relação a este tema, fazendo um humor de qualidade, ela usaria de um personagem muçulmano, vivendo uma vida comum, para mostrar o quão absurdas são as nossas concepções em relação àquele povo. Com isso, a crítica social seria feita, os muçulmanos seriam representados de uma forma que não fosse ofensiva a eles, e também poderiam rir da piada. 
Por José Coutinho Júnior
Fonte: Brasil de Fato

Eleições 2012 em Altamira 18: Patinhos Amarelos


Há um dito popular com grande consistência de veracidade que versa: “diga-me com quem andas e direi quem és”.
Obviamente que toda regra tem sua exceção, mais o que discorrerei aqui não se enquadra nessa exceção.
O candidato a prefeito Délio Fernandes (Grileiro ou Sudanzeiro) faz campanha sob à benção de Dona Odileida, Tarcísio ( O Prefeito de Fato) e do Governador Jatene.
Claro que só o nome de Délio por si só já é o suficiente para desqualificar a própria campanha, pelo histórico de vida do moço. Mas não vamos perder a oportunidade de fazer algumas observações.
A candidatura de Délio é uma proposta PSDBista, como diria um leitor desse humilde blog, são TUCANOS DISFARÇADOS DE PATINHOS.
O PSDB significa a síntese de toda a mazela social vivida pelo povo Brasileiro, e sobre tudo pelos Paraenses.
Foi no governo PSDB que venderam a Vale por uma ninharia, venderam a CELPA. Estou citando apenas dois exemplos de patrimônio paraenses dados à elite pelos TUCANOS. É por isso que hoje vivemos na escuridão e pagamos altíssimas taxas de energia, culpa do PSDB, é o que eles sabem fazer de melhor.
Agora como se não bastasse, Jatene almeja privatizar a água e a saúde, dentre tantos planos mirabolantes para ferrar com a classe trabalhadora.
É esse grupo de parasitas que está por trás de Délio.
No âmbito local, é difícil saber quem manda nessa prefeitura. Se Tarcísio ( o maridão da prefeita) ou os vereadores (aproveitadores de plantão).
Quando estava em campanha, Dona Prefeita prometeu:
·         a construção de 3.000 casas.
·         asfaltamento de 30 ruas no bairro Bela Vista, lá não tem 30 ruas e as poucas que têm não foram asfaltadas;
·         trazer os cursos de medicina e direito, pura balela;
·         construir grandes creches, nada feito.
Em relação às casas, as poucas que o governo Federal confiou de trazer pra cá, foram distribuídas entre os vereadores e assessores ligados à Prefeita e depois entregue como troca de votos.
Do mais, não tem o que comentar é tão explicito que virou censo comum em meio ao povão.
Mas não foi apenas as casas o instrumento usado para chantagear o povo está junto deles.
As repartições públicas, sobre tudo a educação, foram divido por território entre os vereadores da base. Cada escola ficou nas mãos de um vereador, onde só ele é capaz de tirar ou colocar um funcionário, desqualificando assim todo o funcionalismo público pela falta de autonomia necessária ao exercício pelo dos trabalhos.
Todas essas práticas grotescas de tratar o ser humano será repetido caso Délio seja eleito.
Altamira não precisa de mais um reprise dos últimos anos 8 anos vividos com Dona Prefeita.
Acompanhada de todas essas observações, acrescentem aí toda a índole duvidosa do candidato da vez.
Por João Fernando

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Luta dos pescadores traz governo a Altamira



A luta de pescadores atingidos pela barragem de Belo Monte trouxe a Altamira representantes do Ministério da Pesca da Casa Civil e da Superintendência da Pescado Estado do Pará. A reunião aconteceu nesta quarta-feira (26) na sede da Colônia Z-57, com mais de uma centena de pescadores presentes. 
Desde a semana passada ospescadores resolveram retomar a pesca próximo à área da ensecadeira, em construção pela Norte Energia, o que obrigou a empresa a paralisar a obra. Chegou a ser divulgada presença do Ministro da Pesca, Marcelo Crivela, mas ele não compareceu.
Os pescadores relataram que há peixes morrendo no Xingu e que a produção já diminuiu em 30%. Disseram ainda que estão ficando encurralados entre os obras da barragens e áreas reservadas aos indígenas. Criticaram a prepotência da Norte Energia, que proibiu o trânsito de embarcações na Volta Grande do Xingu sem dar a eles uma alternativa. "O rio é nosso, o rio é público", desabafaram.
Lúcio Álves, presidente da Colônia Z-57, afirmou que "não queremos Belo Monte, a barragem veio para destruir o que temos de mais belo, o Xingu, para desenvolver lá fora e escravizar o povo daqui". E apelou para que os direitos do povo sejam garantidos. Lúcio disse ainda que a Norte Energia está mandando na região e reivindicou do governo apoio para pressionar a empresa.
Os pescadores apresentaram uma pauta com quatro pontos principais para compensar os danos já causados pela obra: uma central de beneficiamento e comercialização de pescado, incluindo desde caminhões até a construção do mercado do peixe; construção de bairro de pescadores, com possibilidade de aqüicultura; ordenamento pesqueiro, com regras claras e considerando a visão do pescador; 6 salários mínimos/mês até que o rio esteja novamente apto à pesca.
Os representantes prometeram incluir os pescadores em programas já existentes. Para a reivindicação de salários, alegaram que não têm resposta, mas vão levar o caso à Norte Energia.
"O MAB vem apoiando e acompanhando de perto a luta dos pescadores por ser uma luta justa, e defende que só o povo organizado poderá garantir seus direitos", afirmou Claret Fernandes, militante do MAB na região de Altamira.
Por MAB- Movimento dos Atingidos Por Barragens

STF, Supremo Tribunal da Santa Inquisição (Do que são culpados Zé Dirceu e os dirigentes do PT?)


O jornal O Estado de São Paulo noticiava em 19 de setembro que “Barbosa julgará Dirceu próximo ao 1º turno das eleições”. Só a iniciativa de concentrar os holofotes sobre o julgamento nas vésperas das eleições já dá uma ideia dos objetivos inconfessáveis, da mediocridade de espírito dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Mas, o espetáculo farsesco montado na suprema corte tem objetivos políticos muito maiores do que atingir o PT nas eleições de 2012. 
A “justiça” leia-se o sistema judiciário da classe dominante, não passa de "Teias de aranha que prendem os pequenos insetos e liberam os grandes", como dizia Anacharsis, filósofo que viveu na Grécia antiga.
O que pretende o STF é através do ataque aos dirigentes do PT atingir todas as organizações de luta da classe trabalhadora, “demonstrando” que os trabalhadores e organizações são imorais criminosos e que não podem ou devem ousar se levantar como classe frente à burguesia. Pouco importa se os atuais dirigentes do PT deixaram de lado a luta de classes e tentam ajudar a criar um impossível capitalismo desenvolvido no Brasil.
O método do julgamento é a criminalização da ação política dos trabalhadores e dos dirigentes das organizações que as massas construíram e reconhecem como suas. Provas?! Ora, para que provas se todos sabem que eles são culpados!
O Inquisidor–Geral da República Roberto Gurgel declarou que este é o julgamento mais importante da história do Brasil. Este é o sentimento (na visão estreita e ridícula) de toda esta gente que não abriu a boca quando FHC comprou no Congresso a mudança da lei para um segundo mandato. Essa gente que anistia os crimes da Ditadura Militar contra todo o povo brasileiro. As escandalosas fraudes das privatizações-doações do patrimônio público, feitas por FHC e seus deputados e senadores.  A Vale foi avaliada e vendida por 4 bilhões, mas um ano depois estava no mercado valendo 120 bilhões.  Aqui essa gente não percebeu crime!
O Tribunal de Inquisição montado em Brasília é o ponto culminante de um processo de criminalização da luta política e social dos trabalhadores que tem conhecido uma crescente disposição em todo o judiciário, incentivado pela imprensa.
A verdadeira culpa que carregam Zé Dirceu, Genoíno, João Paulo, Lula e outros dirigentes do PT é de terem subordinado os interesses da classe trabalhadora aos interesses do capital, de conduzirem uma política reformista do capital e de se aliarem aos inimigos de classe. Mas, esta é a política em que eles acreditam e quem deve julgar politicamente isto e resolver a questão é a classe trabalhadora e a história.
A burguesia, suas instituições, sua mídia empreendem uma ofensiva brutal contra a classe trabalhadora
Como centenas de outros em todo o Brasil um juiz de Campinas ao deferir liminar contra uma ocupação escreve, falando do MST:
Em sua posição sistemática contra a propriedade, amparado pela vista permissiva do Governo Federal, cujo partido o pariu e fomentou suas estripulias éticas durante os anos do Governo FHC, o Movimento a que pertence o réu conjugou com sucesso métodos de guerrilha a ataques de organizações terroristas. A propriedade, direito natural por excelência, deve atender sua função social, atributo reconhecido desde a CF/88 e reprisado pelo Código Civil de 2002. Entretanto, em um retrospecto histórico do direito de propriedade, podemos perceber várias nuances, que vão desde a concepção liberal até a posição de Michel Proudhon, para o qual a propriedade é um roubo, sustentáculo teórico do desenvolvimento a respeito do assunto de várias correntes socialistas, sobretudo o marxismo”. DECISÃO LIMINAR (21.11.2008 – Dr. André Gonçalves Fernandes)
Já Sarney nomeia uma comissão coordenada pelo Ministro do STJ, Gilson Dipp, (aquele que foi nomeado por Dilma e coordena a Comissão da Verdade!) para “atualizar” o Código Penal. Estes “notáveis” propõem introduzir no Código Penal o crime de “Terrorismo” que além do óbvio (bombas, etc.) definiria terrorismo como:
  • invadir qualquer bem público ou privado;
  • interferir, sabotar ou danificar sistemas de informática e bancos de dados.
  • sabotar o funcionamento ou apoderar-se do controle de comunicação ou de transporte, de portos, aeroportos, estações ferroviárias ou rodoviárias, hospitais, casas de saúde, escolas, estádios, instalações públicas ou locais onde funcionem serviços públicos essenciais, inclusive instalações militares.
Assim como:
  • forçar autoridades públicas a fazer o que a lei não exige ou deixar de fazer o que a lei não proíbe.
Ou seja, criminaliza como terrorismo desde greves a manifestações, ocupações, etc., enfim todos os movimentos sociais.
Cada vez mais se sente o ódio de classe exposto através do judiciário, especialmente contra greves, ocupações e mobilizações. E isso apesar da humilhante ingenuidade dos governantes que indicaram oito (todos de extrema direita!) dos atuais doze ministros da Inquisição. Apesar de todas as tentativas dos dirigentes do PT e do governo de serem simpáticos e “realistas”, como se eles pudessem ser assimilados pela burguesia enquanto continuam a dirigir um partido político de classe.  Mesmo com sua política eles são odiados pela burguesia que tremia de medo quando o PT ganhou com Lula e uma maré vermelha deu posse ao operário metalúrgico em Brasília.
A ação do STF é muito clara. E ela, sim, é uma farsa histórica. Mas, o que deveria impressionar também é que os dirigentes acusados não reagem politicamente. Genoíno acaba de declarar que “confia na justiça”. João Paulo Cunha, segundo a imprensa, “chora o tempo todo”. E Zé Dirceu, que fez a besteira de “sair do Planalto para combater na planície”, segundo suas palavras na época da renúncia da Casa Civil, foi cassado sumariamente, acusado, caluniado, tratado como um criminoso e agora declara que “não pretende sair do país”.  Ou seja, diz que está pronto para ser preso ao invés de denunciar a farsa e conclamar a mobilização política contra a inquisição do PT e dos movimentos sociais. O companheiro Zé não precisa sair do país. Para desmontar esta farsa, deveria, isso sim, junto com Lula e Dilma, levantar o povo trabalhador e a juventude contra esta Inquisição.
O julgamento do STF é um ato político completamente tendencioso e as condenações são ditadas por seus objetivos, pouco importando que haja ou não provas. É só juntar as partes e a farsa surge clara.
“Aos amigos tudo, aos inimigos, a lei”
Esta frase, atribuída a Getúlio Vargas, desvenda a alma tenebrosa dos nove ministros do Supremo que se debruçam como corvos sobre a nação.  E como se vê agora no julgamento, se a lei também não puder ser usada porque provas não existem, então muda-se a lei, ali mesmo no STF, pouco importando o que está escrito na própria Constituição.
Se o STF pretende interferir nas eleições de 2012, lembramos que ele nada fez para interferir nas eleições de 1989 quando a Rede Globo fraudou o último debate entre Collor e Lula, que a suprema corte não se moveu quando a Polícia Federal armou a farsa do sequestro de Abílio Diniz por falsos militantes do PT. Afinal, o STF tem lado. E seu lado é o lado da classe dominante muito claramente. Este tribunal tem a função máxima de zelar pelo sossego e salvação do domínio da classe capitalista sobre toda a sociedade. Sua função é política e nada tem a ver com tal “administração de justiça”.  Este Tribunal que inocentou Collor de Melo, apesar do caminhão de provas existentes, agora pretende condenar a cúpula do PT sem provas de qualquer valor e com uma acusação que para eles vale como prova já que foi feita.
Até gente insuspeita de petismo como o jornalista Jânio de Freitas, colunista e membro do Conselho Editorial da Folha de São Paulo, afirma isso em um artigo intitulado “Dois pesos e dois mensalões”, publicado na FSP. Ele escreve:
“... São os nove contrários a desdobrar-se o julgamento do mensalão, ou seja, a deixar no STF o julgamento dos três parlamentares acusados e remeter o dos outros 35, réus comuns, às varas criminais.De acordo com a praxe indicada pela Constituição (grifos nossos).
Proposto pelo advogado Márcio Thomaz Bastos e apoiado por longa argumentação técnica de Lewandowski, o possível desdobramento exaltou Barbosa: “Essa questão já foi debatida aqui três vezes! Esta é a quarta!” Não era. Antes houve mais uma. As três citadas por Barbosa tratavam do mensalão agora sob julgamento. A outra foi a que determinou o desdobramento do chamado mensalão mineiro ou mensalão do PSDB. Neste, o STF ficou de julgar dois réus com “foro privilegiado”, por serem parlamentares, e remeteu à Justiça Estadual mineira o julgamento dos outros 13.
...
Os nove ministros que recusaram o desdobramento do mensalão petista calaram a respeito, ao votarem contra a proposta de Márcio Thomaz Bastos.
...
Os dois mensalões também não receberam idênticas preocupações dos ministros do Supremo quanto ao risco de prescrições, por demora de julgamento. O mensalão do PSDB é o primeiro, montado já pelas mesmas peças centrais - Marcos Valério, suas agências de publicidade SMPB e DNA, o Banco Rural. Só os beneficiários eram outros: o hoje deputado e ex-governador Eduardo Azeredo e o ex-vice-governador e hoje senador Clésio Andrade.
A incoerência do Supremo Tribunal Federal, nas decisões opostas sobre o desdobramento, é apenas um dos seus aspectos comprometedores no trato do mensalão mineiro. A propósito, a precedência no julgamento do mensalão do PT, ficando para data incerta o do PSDB e seus dois parlamentares, carrega um componente político que nada e ninguém pode negar.
A Polícia Federal também deixa condutas deploráveis na história do mensalão do PSDB. Aliás, em se tratando de sua conduta relacionada a fatos de interesse do PSDB, a PF tem grandes rombos na sua respeitabilidade.”
O jornalista tem ilusões no que é a PF. Mas, qualquer militante socialista sabe que ela é uma polícia de classe, também. E há um consenso entre os poderes dominantes em que agora é a hora de desferir um golpe profundo na classe trabalhadora atingindo seus dirigentes.
A Santa Aliança contra a classe trabalhadora e suas organizações
A Folha de S. Paulo repercutiu a declaração do Inquisidor-geral da República, Roberto Gurgel, (31/8), de que:
o STF está no caminho certo para condenar Dirceu” (grifo nosso). Diz a FSP: “A declaração foi feita durante a posse do presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Felix Fischer. Gurgel avaliou ainda que os votos proferidos, até o momento, representam “uma guinada” (grifo nosso), já que a corte se mostrou aberta a aceitar “provas mais tênues” (grifo nosso) para condenar réus acusados de crimes de corrupção e peculato. O procurador-geral afirmou ainda que este é um momento muito importante para a Justiça Penal porque há o reconhecimento de que, nesses casos, não se pode exigir o mesmo tipo de provas obtidas em “crimes comuns” como roubo e assassinato (FSP, 01/09/2012) (grifo nosso).
Nos séculos 17 e 18, as revoluções burguesas da Inglaterra, dos Estados Unidos, da França liquidaram a “justiça” exercida pelos nobres ou pela Igreja, que não necessitava de provas, pois apenas servia para realizar o desejo dos poderosos e, se necessário, fabricavam as provas através da tortura. As revoluções burguesas instituíram outra “justiça”, que exigia provas do crime e que a acusação tenha lógica como, por exemplo, “a quem o crime beneficia”.
Aqui não há provas e quem se beneficiou de projetos do governo Lula senão a própria burguesia ou setores dela? Que beneficio tirou o governo “contra” a maioria do Congresso em seu próprio benefício ou do PT?!
O STF, que é o guardião “supremo” do “direito à propriedade privada”, age como a Santa Aliança atuava contra as revoluções democráticas em defesa do absolutismo. No caso presente atua contra a classe trabalhadora para barrar o caminho da luta contra este regime podre e pelo socialismo. E ataca a classe através do ataque aos dirigentes das organizações de massa. Pouco lhes importa que a política destes dirigentes de fato se restrinja a “desenvolver o capitalismo nacional” como afirma a resolução do 4º Congresso do PT. É só ver o que se passou com Luís Carlos Prestes que a vida toda dirigiu o PCB praticando uma política ativa de apoio à burguesia e ao capital, mas teve que viver quase toda a vida clandestino ou na cadeia. Seu crime era dirigir um partido que tinha o nome de comunista.
Para o STF, neste julgamento de classe, as declarações da polícia e a acusação do procurador são provas suficientes. Todas as relações políticas entre os dirigentes do PT, ou do governo, são apenas a demonstração dos objetivos criminosos de uma quadrilha. Lula e o Diretório Nacional do PT deveriam ser incriminados como organização criminosa. Toda a cúpula do governo Lula, ele incluído, e todos os ministros presos. Mas eles não fazem isso porque temem ir longe demais, atingindo diretamente Lula teriam que se ver com as massas nas ruas. Só a desequilibrada revista de extrema direita, a Veja, não percebe os limites que o STF cuida de não ultrapassar e se entrega à sua sanha de sangue. Não se pode procurar outra lógica neste julgamento que não a lógica política do linchamento político do PT e das organizações dos trabalhadores.
Assim como hoje no STF, aconteciam os julgamentos no regime de Vichy, na França governada por fascistas. Eram os tribunais sobre raça na Alemanha nazista. E nos processos de Moscou vimos Vichinsky como Gurgel e o STF como o tribunal de Stálin que condenou Zinoviev, Kamenev, Bukharin e Trotsky como agentes do nazismo, do micado japonês e do fascismo.
Os julgamentos (quando não se fuzilava sumariamente) eram assim em todas as ditaduras. Inclusive na brasileira. Continua sendo assim na China, Coréia, no Irã. Nos EUA, mais sofisticados, os advogados dos presos de Guantánamo são perseguidos por patrocinar a causa de pessoas "indefensáveis" (Mark P. Denbeaux , The Guantanamo Lawyers: Inside a Prison Outside the Law, 2009).
Os réus atuais são “indefensáveis”, segundo o Supremo que, sendo generoso, e para cumprir o rito, deu-se ao trabalho de ouvir a defesa, apesar de que não lhe importa o que ela diga. O voto já está pronto e redigido.
E jornalistas burgueses exultam com a atitude do STF considerando que a manifestação dos juízes evidencia a tendência em extirpar qualquer resquício de tolerância à corrupção e de resignação com a impunidade.” (FSP, 01/09/2012) Colunistas, articulistas, repórteres e editoriais unidos fazem coro à firmeza e correção do STF que “afinal faz justiça”!
A política comanda tudo
A tese da acusação formulada por Roberto Jefferson, aliado e coligado de todos os agora acusados, é de que Dirceu e a direção do PT pagavam mesada para deputados votarem a favor de projetos do governo. A tese é politicamente absurda.
Todo mundo sabe que não é assim que os governantes compram deputados e senadores. A compra é feita via liberação de emendas ao Orçamento Federal ou aprovação de leis que beneficiam diretamente os parlamentares ou seus amigos financiadores. E há muitas outras medidas do que o método completamente idiota de pagar “mesada”.
Além do que, todo mundo sabe como funcionam os partidos “aliados” e também os de oposição. Uma coisa é certa no Brasil: Historicamente os partidos de direita se enriquecem e enriquecem os latifundiários, os empresários tupiniquins, seus parentes e financiadores e ainda fazem bondades ao capital internacional usando o aparato de Estado, as leis e o Orçamento Federal. O Estado, além de aparato repressivo contra a classe trabalhadora é o Comitê Central para o enriquecimento da burguesia.
O único caminho
A hipocrisia e o ódio de classe contra os trabalhadores espuma da boca de Joaquim Barbosa e de seus pares cínicos e arrogantes. O único caminho contra estes ataques é a mobilização da classe e da juventude desmascarando esta farsa e condenando este Tribunal de classe e de Inquisição. Os trabalhadores que entrarem no STF devem sempre ver inscrito na sua fachada o mesmo que Dante Alighieri disse estar inscrito na porta dos Infernos “Vós que entrais deixai aqui toda esperança”. Acrescentamos: se for da classe inimiga dos poderosos, porque para os inimigos existe a lei. Para os amigos, como FHC, Azeredo, Aécio, e outros, existe o STF.
O único caminho é a luta de classes contra esta perseguição e contra estas instituições. Isso passa pelo PT romper as alianças com os partidos de direita e com o capital e entrar na via da mobilização para construir outras instituições. Passa por parar de enfrentar os movimentos dos trabalhadores, as greves e manifestações e atender as reivindicações. O único caminho é este. O resto leva à desmoralização e ao inferno.
Se os dirigentes do PT entrarem em combate contra toda esta gente desde a base, podem contar com a Esquerda Marxista. E desde já com a solidariedade de classe que não reconhece direito ou legitimidade nas perseguições organizadas pelo judiciário contra nossa classe, suas organizações e dirigentes.
Fonte: Esquerda Marxista

A flexibilização da CLT


Entre ano e sai ano, o tema de mudanças na CLT volta às manchetes e editoriais dos jornais. Começou no governo tucano de Fernando Henrique Cardoso. Para liquidar a legislação trabalhista, inserida na CLT e no artigo 7º da Constituição, ele enviou um projeto para a Câmara dos Deputados, em 2001. Não foi para frente por causa da forte reação dos trabalhadores e dos sindicalistas.
A redução dos direitos trabalhistas e sociais, como pretendida no governo Fernando Henrique, é a mesma que agora parte do movimento sindical e o governo federal pretende implementar no País. Ao sugerir que o negociado prevaleça sobre o legislado, as partes buscam atacar as grandes conquistas dos trabalhadores.
Entre outras, elas querem permitir o parcelamento do pagamento das férias e do 13º salário, reduzir ou acabar com o piso salarial e o salário mínimo, atacar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), mexer no aviso prévio de 30 dias e pretendem ainda enfraquecer os sindicatos e as centrais sindicais.
Em troca, o governo acena com o aumento da competitividade do País, os empresários com incremento da produção e com a geração de postos de trabalho.  A argumentação é falsa e não resiste a menor crítica.
Segundo o Dieese, o diferencial a competitividade dos países não está no custo da mão de obra. Se assim fosse, os Estados Unidos e o Japão estariam entre as nações menos competitivas do mundo, pois o custo deles está entre os maiores do mundo.
De acordo com a Nota Técnica do Dieese ‘Reduzir a jornada de trabalho é gerar empregos de qualidade’, um “país torna-se competitivo quando possui um sistema financeiro a serviço do financiamento do capital de giro e de longo prazo com taxas de juros acessíveis; redes de institutos de pesquisas e universidades voltadas para o desenvolvimento tecnológico; população com alta escolaridade; trabalhadores especializados;  e infraestrutura desenvolvida”.
Além de não influenciar na competitividade do país, a reforma trabalhista já feita na América Latina e nos países ricos não gerou postos de trabalho, conforme tem afirmado  o economista Marcio Pochmann.
O movimento sindical (centrais sindicais, sindicatos, federações e confederações), trabalhadores, movimentos democráticos e populares e os estudantes precisam se unir para barrar mais este ataque do capital sobre os direitos dos trabalhadores. O debate precisa ser levado para a sociedade, a fim de ganharmos a opinião pública.
Vamos mostrar que a prioridade no momento é a negociação das grandes bandeiras de luta dos trabalhadores da cidade e do campo, como o fim do fator previdenciário, a reforma agrária, 10% do PIB para a educação, desoneração de tributos sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e a redução da jornada de trabalho, sem o corte nos salários.
Além disso, preferimos abrir a discussão sobre a criação de um fundo que garanta a manutenção do emprego e da renda em épocas de crise econômica.
Segundo as centrais sindicais e os sindicatos que Metalúrgicos de São Paulo e do ABC, que apresentaram a proposta, o fundo seria custeado pelos 10% da multa sobre o saldo do FGTS. Ela é paga pelos patrões quando há demissão sem justa causa. O adicional foi estabelecido em lei, quando a multa passou de 40% para 50%, com o objetivo de financiar o pagamento dos expurgos dos Planos Verão e Collor I.
Temos uma pauta trabalhista elaborada pelas centrais sindicais na Conclat, em junho de 2010, porém o governo Dilma até agora não se dispôs a negociá-la. Infelizmente.
Por Luiz Carlos Motta
Fonte: Brasil de Fato

Eleições 2012 em Altamira 17: Mais uma vítima ou mais um aproveitador?


Reta final das campanhas eleitorais. Cada candidato intensifica suas ações para convencer o eleitor de suas propostas.
Mas parece que para alguns a maior estratégia serão os factoides...
Nesta quinta-feira atearam fogo no carro do candidato a Vice-Prefeito Joel Mendes (Vice o Ditador).
Até aí algo pra repudiar, pois não podemos deixar o vandalismo, a violência banalizar, ser algo visto como normal.
Mais do que ninguém, nós que estamos na base da pirâmide, sabemos a força alarmante tomada pela violência nos últimos tempos. Todos os dias trabalhadores têm atender ao toque de recolher dos chefes de gangues nos bairros. Pais e mães vivem preocupados com o avanço acelerado do consumo de drogas, a bocas-de-fumo estão junto às famílias. Quando os trabalhadores e trabalhadoras saem para seus serviços, muitas das vezes ao retornarem encontram suas casas arrombadas, com seus pertences roubados.
Tudo isso é o peso do abandono por parte dos governos em relação às políticas de segurança.
Muito me irritou ao ver as matérias “jornalísticas” dos SBT local ( canal do PMDB), que não titubearam em dá conotação política ao fato.
Será que eles pensam que seus patrões, só porque são imunes a justiça, também são imunes à violência?!
Eles sabem que o crime cometido, foi um fato como todos os outros que acontecem cotidianamente na nossa Altamira. A diferença é que dessa vez, foi de um figurão da cidade, candidato a vice-prefeito.
Joel Mendes e Juvenil, crime político é o cometido todos os dias pelos tubarões que estão no poder que não olha para uma determinada região porque ali os votos foram para o adversário. Crime político é roubar milhões dos cofres da saúde, educação e segurança e deixar a população à mercê da sorte. Crime político é chantagear o povo com falsos fatos.
Seja honesto, e trate os fatos como eles de fato são. Foi um crime, síntese do que a classe trabalhadora vive hoje, amedrontada.
Que tal, mudar a forma de campanha. Em vez de distorcer os fatos, apresentar uma política de segurança séria e consistente?
Não sei se vejo Joel Mendes como mais uma vítima, ou mais um aproveitador das mazelas vividas pelo povo.

Por João Fernando

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Eleições 2012 em Altamira 16: Uma pesquisa de Uma Opnião


Já comentava há tempos com meus amigos, que estava faltando o factoide que virou folclore nas eleições municipais altamirenses: Pesquisa de intenção de voto.
Toda eleição um candidato ou outro, compra uma pesquisa forjada de empresas do ramo, para aparecer ao público como o possível vencedor do processo eleitoral.
O fanfarrão da vez foi o Ditador ( Juvenil).
Calejado no processo eleitoral, sabe todos os caminhos e artimanhas capaz de influenciar minimamente o povão.
Para o feito recorreu a uma entidade intitulada  Instituto Alerta Pará, para encomendar a pesquisa, por fim a contrata é uma empresa ligada à rede de televisão do Presidente do PMDB no Pará, Jader Barbalho ( outro Honorável Bandido Paraense).
Todos altamirenses são cansados de saber da consistência dessas pesquisas.
No ano de 2000, na última eleição em que tivemos Daniel (Daniel da Agroboi) como candidato a prefeito, hoje cabo eleitoral do Grileiro (Délio Fernandes), Daniel encomendou uma pesquisa em que sairia publicada na revista ISTOÉ, e ele apareceria em 1° Lugar nas intenções de votos. Final das eleições, o Ditador foi eleito.
Forjar pesquisa de intenção de votos é jogada de desespero. Ainda que Juvenil esteja na frente nas intenções de voto ( que sinceramente duvido muito) não é com essa margem astronômica de vantagem para o segundo colocado, o Ex-menino-Pobre (Claudomiro).
Pra mim não é jogada de marketing, mas manipulação...
Por João Fernando

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Eleições 2012 em Altamira 15: Candidatos a quê mesmo?


Altamira nesse pleito eleitoral de 2012, conta com 169 candidatos a vereadores concorrendo a 15 vagas disponíveis.
Temos uma árvore da diversidade eleitoral. Alguns conhecidos somente pela sua própria família, mas postulantes à vereança.
Cada candidato com os mais diversos objetivos...
Uns já conhecidos na cidade, já vereadores querem continuar mamando nas tetas do Estado gozando de um bom salário, e de privilégios que o cargo lhe dá.
Outros só estão concorrendo pra ganhar notoriedade e, ocupar um cargo privilegiado no próximo governo, pois chances de ganhar é totalmente descartada.
Alguns foram colocados para somente cumprir o papel de aumentar o número de votos necessários para alcançar o coeficiente eleitoral necessário para eleger os principais candidatos da legenda.
Não há como esconder as oportunidades que o processo eleitoral apresenta para os aproveitadores de plantão.
É irrefutável a presença de candidatos com intencionalidade explicita: ser vereador, e legislar para o bem coletivo. Mas, infelizmente nesse imenso circo, não se reconhece direito os dignos de nossos votos, pois as máscaras são muito bem encaixadas em cada rosto vilão.
Todo cuidado é pouco! Dizer que todos são iguais, é um erro grotesco. Não cometam o equivoco de equiparar um Dr. Armando Aragão da vida (envolvido com escândalo de desvio na secretaria municipal de saúde) com os candidatos com histórico de lutas pelo povo.

Por João Fernando

Estatuto da diversidade sexual criminaliza homofobia e propõe políticas públicas


Fonte: Rede Brasil Atual 
A falta de legislação contundente contra a homofobia em nível nacional e para garantir direitos fundamentais a gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais coloca o Brasil em uma posição desconfortável perante organismos internacionais. A advogada especialista em direito homoafetivo Maria Berenice Dias, presidente da Comissão de Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) federal, afirma que o índice de crimes de natureza homofóbica no país é assustador. Estatísticas de 2011 apontam 266 homicídios . 
"Esta é uma realidade que só pode ser alterada pela via legislativa porque a garantia de direitos pela via jurídica é morosa e muito difícil", disse Berenice, ex-desembargadora de Justiça. Desse entendimento nasceu, no âmbito da OAB, o anteprojeto que cria o Estatuto da Diversidade Sexual, uma lei de iniciativa popular que precisa da adesão de 1% do eleitorado brasileiro, cerca de 1,4 milhão de pessoas, para ser apresentado ao Congresso Nacional.
O documento, lançado em 17 de maio passado, Dia Mundial de Combate à Homofobia, tem 109 artigos, criminaliza a homofobia e cria regras de direito de família, sucessório e previdenciário. Além disso, propõe políticas públicas para todas as esferas governamentais. A proposta é apresentá-lo aos deputados nesta mesma data em 2013.
Para aderir ao abaixo assinado do Estatuto da Diversidade Sexual:
Na exposição de motivos do estatuto, os juristas da OAB ressaltaram que a inexistência de lei não significa ausência de direito e nem pode deixar ninguém à margem da tutela estatal. "A democracia é o direito de todos, não só da maioria. Aliás, as minorias alvo do preconceito e da discriminação merecem tutela diferenciada e mais atenta para terem seus direitos reconhecidos", diz o texto.
Os advogados destacam que, atento à realidade de discriminação e de "descaso do legislador", o Poder Judiciário, há uma década, tem reconhecido direitos ao público LGBT, tanto no âmbito estadual quanto federal. Por exemplo, desde 2001 são reconhecidos aos casais homossexuais direitos previdenciários, pensão por morte e inclusão em planos de saúde. Já há mais de mil decisões.
O estatuto destaca a recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) reconhecendo a união de pessoas do mesmo sexo como entidade familiar, com as mesmas garantias da união estável heteroafetiva. De acordo com o Censo Demográfico de 2010, existiam 60 mil casais declarados homoafetivos no Brasil. Ante o alto número de decisões judiciais, algumas passaram a ser adotadas administrativamente, como as de pensão por morte, auxílio-reclusão, pagamento do seguro obrigatório de veículos (DPVAT), expedição de visto de permanência ao parceiro estrangeiro e inclusão do companheiro como dependente no imposto de renda.
A OAB argumenta que ninguém duvida que existe um direito subjetivo à livre orientação sexual e à identidade de gênero. Mas que por se tratar de segmento social vulnerável há necessidade de regras protetivas diferenciadas. O documento incorpora alguns projetos de lei que tramitaram e tramitam no Congresso sem atenção do Poder Legislativo.
O anteprojeto destaca que é chegada a hora de acabar com a invisibilidade jurídica da população LGBT, alvo de perversa discriminação em razão da orientação sexual e identidade de gênero. "Impõe-se verdadeira mudança de paradigma a toda a sociedade. Todos precisam aprender a conviver com a diferença. Não só no mundo público, mas nos mais diversos segmentos da iniciativa privada. A postura omissiva, que acabava por chancelar o assédio social e moral na escola, no ambiente de trabalho não tem mais espaço. Do mesmo modo é preciso dar um basta à homofobia. Criminalizando que se arvora o direito de desprezar, ferir e matar."  
Para a OAB, sem uma lei federal, as decisões judiciais se baseiam nas leis vigentes e no entendimento de cada juiz. Já com o estatuto, o tratamento de todos passaria a ser igual. 

Troca de nome

Berenice Dias, que advoga em Porto Alegre, destacou que a Justiça gaúcha vem admitindo o direito à troca de nome e da identidade de gênero depois da cirurgia de troca de sexo (transgenitalização), em atenção ao pedido de transexuais. Após a decisão, elas levam o documento para averbação em cartório e depois das retificações nos campos "nome" e "sexo" podem retirar nova carteira de identidade, CPF e demais documentos. É praticamente um renascer.
No caso de travestis, segundo a advogada, é um pouco mais complicado obter o direito à troca do nome pelo fato de elas não passarem pela cirurgia. "Temos um único antecedente, uma decisão inédita da Justiça do Rio Grande do Sul, que admitiu à travesti alterar o nome", destacou Berenice.
Existem também algumas decisões favoráveis para a troca do nome social antes da cirurgia. "São aquelas que apresentam documentos que provam terem feito dois anos de tratamento psicológico e psiquiátrico. No entanto, elas não querem esperar mais. O problema é que as cirurgias feitas pelo SUS (Sistema Único de Saúde) estão suspensas no Rio Grande do Sul por falta de verba", lamentou Berenice Dias.
Abaixo alguns trechos da proposta:

Para conferir a íntegra, clique aqui
  • O estatuto visa a inclusão de todos, o combate à discriminação e a intolerância por orientação sexual (leia entrevista a respeito com o psiquiatra Ronaldo Pamplona), identidade de gênero e criminaliza a homofobia para garantir igualdade de oportunidades e a defesa dos direitos individuais, coletivos e difusos. Reconhece igual dignidade jurídica a heterossexuais, homossexuais, lésbicas, bissexuais, transexuais, travestis, transgêneros, intersexuais, individualmente, em comunhão e nas relações sociais, respeitadas as diferentes formas de conduzirem suas vidas, de acordo com a orientação sexual ou identidade de gênero.
  • Ninguém pode ser discriminado e nem ter direitos negados por sua orientação sexual ou identidade de gênero no âmbito público, social, familiar, econômico ou cultural. 
  • É considerado discriminatório, em decorrência da orientação sexual ou identidade de gênero: proibir o ingresso ou a permanência em estabelecimento público, ou estabelecimento privado aberto ao público; prestar atendimento seletivo ou diferenciado não previsto em lei; preterir, onerar ou impedir hospedagem em hotéis, motéis, pensões ou similares; dificultar ou impedir a locação, compra, arrendamento ou empréstimo de bens móveis ou imóveis; proibir expressões de afetividade em locais públicos, sendo as mesmas manifestações permitidas aos demais cidadãos.  
  • Todas as pessoas têm direito à constituição da família e são livres para escolher o modelo de entidade familiar que lhes aprouver, independente de sua orientação sexual ou identidade de gênero. 
  • A união homoafetiva deve ser respeitada em sua dignidade e merece a especial proteção do Estado como entidade familiar e faz jus a todos os direitos assegurados à união heteroafetiva no âmbito do Direito das Famílias e das Sucessões
  • É indispensável a capacitação em recursos humanos dos profissionais da área de saúde para acolher transexuais, travestis, transgêneros e intersexuais em suas necessidades e especificidades. 
  • É assegurado acesso aos procedimentos médicos, cirúrgicos e psicológicos destinados à adequação do sexo morfológico à identidade de gênero. 
  • É garantida a realização dos procedimentos de hormonoterapia e transgenitalização particular ou pelo Sistema Único de Saúde (SUS).   

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Eleições 2012 em Altamira 14: Eleições sem debates!


Este período eleitoral vivido por Altamira será lembrado como a eleição da NEGAÇÃO.
Primeiro num golpe de mestre, o PMDB do Ditador (Juvenil) negou à população o direito do amplo conhecimento das propostas de todas as candidaturas, ao entrar na justiça pedindo a não vinculação da propaganda eleitoral na televisão.
Em seguida os programas jornalísticos locais promoveram entrevistas com os candidatos ao executivo municipal, mas O Grileiro (Délio) recusou-se a comparecer à gravação dos programas.
Foto: Blog D.A. da UFPA
Por fim, o Diretório Acadêmico da UFPA promoveu um debate público, convidado de maneira antecipada os três candidatos, mas somente o Ex-Menino-Pobre (Claudomiro) compareceu. Os outros dois candidatos alegaram outras atividades agendadas naquela mesma hora.
Piada ne?! Falta de respeito mesmo!!!
Todas as coligações foram avisadas com um mesmo de antecedência como reza o regulamento da “festa democrática”.
O Ditador e o Grileiro negaram à todos que lotaram as dependências da Casa da Cultura uma análise comparativa das propostas de todos os candidatos.
Uma coisa é certa, todos sabiam que Délio não compareceria. Já estou pensando em mudar o seu apelido carinhoso de Grileiro para Grileiro Fujão. O sujeito quer ser Prefeito de Altamira e não dá a cara a “tapa” para a população...vidas
Mas lógico que sabemos o motivo da ausência dos dois candidatos. Tanto Délio quanto Juvenil, não queriam que abrissem suas pregressas em público. Afinal, o passado dos dois os condena.
Com certeza nas perguntas do público perguntariam sobre os milhões da ALEPA desviados por Juvenil. Perguntariam sobre os desvios os recursos da SUDAM subtraídos por Délio. E aí, desse assunto eles fogem.
Por João Fernando