No processo
de indenização dos afetados pelo lago da barragem de Belo Monte, entende-se que
na negociação empreendedor X atingido,
deve está visível aos impactados todas as possibilidades de ressarcimento.
Mas, para a
Norte Energia, basta dizer às pessoas que elas poderão escolher uma nova casa
num assentamento urbano ou uma quantia em dinheiro capaz de reproduzir o imóvel
em outro lugar.
A questão de
hoje é: a Norte Energia já tem todas as condições para perguntar se o atingido
quer uma casa ou o dinheiro como
indenização?
Levanto esse
questionamento por que, até onde sei, para fazer tal pergunta aos moradores, o
empreendedor tem que mostrar as possibilidades concretas, tais como: onde serão
os possíveis assentamentos urbanos (e suas condições de vida, como mobilidade,
existência dos aparelhos sociais, etc) e o valor das indenizações em dinheiro
que tocará a cada morador, assim os atingidos terá informações mínimas para
fazer sua opção.
O fato é que a
Norte Energia já está perguntando aos moradores qual sua opção de indenização,
sem oferecer condições reais para que possam dá a resposta.
Como todos os
outros empreendedores de barragem em outras partes do país, a Norte Energia,
criará todas as condições para forçar aos moradores atingidos a escolher o
dinheiro como indenização. Já fizeram isso na zona rural e querem repetir o
fato na cidade. E por que fazer isso? Ora, pagando a indenização em dinheiro, o
consórcio dono da barragem não terá mais nenhum compromisso com os atingidos,
já o assentamento, cria um vinculo de obrigatoriedade de assistência do empreendedor
com a comunidade, significando assim, mais gastos à Norte Energia.
O consórcio
não poderá economizar na construção da barragem, adivinham onde vão economizar?
Nas indenizações dos atingidos e nos salários dos trabalhadores.
Por João
Fernando
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