Os moradores dos baixões de Altamira estão no abandono total, a ausência do Estado nesses lugares chega a ser inclassificável.
Poderia aqui, enumerar as infinitas necessidades desse povo esquecido, mas aí correria o risco de ser redundante, por ser a carência do restante de toda a população altamirense. Então resolvi pegar um caso específico para expor como retrato do cruel abandono, o Bairro Boa Esperança.
O Boa Esperança é um bairro de grande extensão territorial e bastante populoso, é em sua maioria um emaranhado de casas levantadas sob palafitas, método usado para defender-se das águas no inverno.
Saneamento Básico
Caminhando pelo bairro não é difícil ver poços d’água em situação de exposição à contaminação, em sua maioria sem tampa, protegidos por algumas madeiras. As águas desses poços todos dão ferrugem, e sem falar na contaminação por clorofórmio fecal, por conseqüência das sanitárias onde seus materiais encontram o lençol freático que naquela região bem próxima da superfície do solo. Mesmo nessas condições essa água continua sendo usada pelas famílias para algumas atividades de casa. Já para beber, buscam água em um ponto de distribuição de água retirada de um poço artesiano, solução encontrada para obterem pelo menos para beber. No entanto, a profundidade do poço não é o suficiente para que a água não venha com ferrugem.
Quando a bomba do poço quebra, os moradores se vêem obrigados a se organizarem para levantarem recurso para pagar o conserto, pois a prefeitura não se preocupa em mandar consertar.
As caixas que coletam a água para distribuição não são tampadas tornando-se um criatório em potencial do mosquito transmissor da dengue.
A questão do lixo também é algo bastante preocupante. Em vez de haver um serviço de coleta, os resíduos são jogados a céu aberto, pra ser mais preciso em baixo da casas onde m tempo de seca é lugar de brincadeira das crianças.
Segurança
As famílias do Boa Esperança vivem sem qualquer tipo de segurança, uma exposição freqüente à violência e ao consumo de drogas.
Com muita freqüência acompanhamos nos telejornais local cenas de arrombamento de casas e assassinatos nos bairros periféricos, caminhando pelo bairro Boa Esperança entendemos por que, não há qualquer serviço de segurança, uma ronda policial, etc. Os moradores se reclamam que quando ligam numa ocorrência a polícia chega depois que o corpo está estendido no chão, ou que os bandidos levaram tudo das casas das pessoas honestas.
"Tá vendo aquela casa ali? É uma boca de fumo. Eu sei, meu vizinho sabe, a polícia sabe, não prendem por que recebem dinheiro para nem entrar aqui no bairro."Essa fala é de uma mãe de família desesperada que não quer se identificar por medo de represarias.
Uma dona de casa com quem conversei, falou que não sai pra trabalhar porque tem medo de deixar seus filhos sozinhos numa exposição ainda maior à violência e às drogas.
Rastros da exploração
Andando numa casa aqui, outra ali, vemos dentro das casas o cartaz do político que apareceu em época de campanha e fez um favor imediato emtroca de voto, elegeu-se e nunca mais apareceu. Mas pelo favor concedido tornou-se o herói da família. Uma consulta, uma cesta básica, uma passagem, são esses os preços da fidelidade e a cortina de fumaça que impedem o povo de cer que os explora, que os abandona.
Mas apesar da vida difícil o povo não perde as esperanças, e o seu maior sonho é sair daquele local de sofrimento, por que pra eles, mudança de vida é um outro lugar pra morar.
Por que o poder público em todas as suas esferas não se preocupa em dá uma qualidade de vida para toda aquela população no lugar onde vivem, já que há dificuldades em colocá-los num em uma outra área?
"Tá vendo aquela casa ali? É uma boca de fumo. Eu sei, meu vizinho sabe, a polícia sabe, não prendem por que recebem dinheiro para nem entrar aqui no bairro."Essa fala é de uma mãe de família desesperada que não quer se identificar por medo de represarias.
Uma dona de casa com quem conversei, falou que não sai pra trabalhar porque tem medo de deixar seus filhos sozinhos numa exposição ainda maior à violência e às drogas.
Rastros da exploração
Andando numa casa aqui, outra ali, vemos dentro das casas o cartaz do político que apareceu em época de campanha e fez um favor imediato emtroca de voto, elegeu-se e nunca mais apareceu. Mas pelo favor concedido tornou-se o herói da família. Uma consulta, uma cesta básica, uma passagem, são esses os preços da fidelidade e a cortina de fumaça que impedem o povo de cer que os explora, que os abandona.
Mas apesar da vida difícil o povo não perde as esperanças, e o seu maior sonho é sair daquele local de sofrimento, por que pra eles, mudança de vida é um outro lugar pra morar.
Por que o poder público em todas as suas esferas não se preocupa em dá uma qualidade de vida para toda aquela população no lugar onde vivem, já que há dificuldades em colocá-los num em uma outra área?
Por Maria Fernanda Linhares
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