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"Se você treme de indignação perante uma injustiça no mundo, então somos companheiros". (Che Guevara)

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Jovens: escravos dos padrões burgueses



Comprar um novo sapato, trocar o celular, usar o corte de cabelo da moda, esses e milhares de outros imperativos são colocados a todos nós diariamente. Nessa sociedade onde o ponto de partida é a relação de mercado, de anseios produzidos pelos donos do capital, a juventude é a maior vítima das mídias que propagandeiam constantemente um novo produto vital para a existência humana.
Assim é criada uma corrida desenfreada pelo “ter”, numa competição onde é válido de tudo para ser (ter) o melhor, temos então uma geração de consumistas sem qualquer tipo de compromisso com a preservação da natureza, e do próprio ser humano, pois a vida é totalmente banalizada.
Numa sociedade paradoxal, onde até o ser humano é descartável, não é novidade ver jovens sem identidade própria, ainda mais quando os valores por eles absorvidos são produzidos por uma elite preocupada em garantir a realização de seus interesses, suprimindo qualquer tipo de sentimento coletivo, assim os laços sociais inexiste colabora a perpetuação da opressão.
Desta forma, a juventude tem sua identidade formada por uma sociedade no qual o modelo vigente é a relação de consumo e o acúmulo de riqueza individual.
Nesse contexto deve ser garantido aos jovens condições para questionar a realidade de maneira a enxergarem que são ou podem ser produtos de um sistema onde eles tornam-se apenas peças substituíveis. A partir daí cada um terão subsídios suficientes para imprimirem um novo modo de relação social, tendo em vista princípios de amor e solidariedade.
Quando cada jovem vislumbra caminhar lado a lado com seu irmão, numa lógica onde todos tenham oportunidades iguais, o ciclo vicioso da cadeia alienante e exploratória é quebrada e temos o caminho aberto para uma nova sociedade com a ausência das mazelas sociais.

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