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"Se você treme de indignação perante uma injustiça no mundo, então somos companheiros". (Che Guevara)

sábado, 13 de agosto de 2011

Quem participa das manifestações na Inglaterra


Os jornais da grande mídia ao noticiarem a onda de protestos na Inglaterra estão frisando o método usado pelos jovens nos seus protestos, mas em momento algum discutiram a condição de vida no qual são submetidos.
Em entrevista ao vivo à Globonews o sociólogo Silvio Caccia Bava, quando os apresentadores insistiam em chamar os jovens de marginais, o sociólogo expôs de maneira clara que os protestos na Inglaterra não são coisa de um bando de loucos que querem destruir tudo o que veem pela frente. Na verdade, existe toda uma conjuntura de crise econômica e ataque aos direitos sociais que leva esses jovens às ruas, mas que é mascarada pela mídia a fim de criminalizar suas ações.
Entrevistado por uma rede britânica de TV, um dos participantes dos distúrbios garantiu que as ações violentas eram necessárias: “Se não estivéssemos fazendo uma revolta, vocês não estariam aqui me ouvindo, não é? Dois meses atrás, nós marchamos até a Scotland Yard, mais de duas mil pessoas, todas vestidas de preto, tudo calmo e pacífico e quer saber? Nem uma palavra na imprensa. Na noite passada, bastou um pouco de revolta e saques, e agora olhem ao seu redor”.
Um comentarista d The Guardian, Seumas Milne, criticou a criminalização do problema:“Se o que ocorreu esta semana é pura criminalidade e não tem nada a ver com a repressão policial, o desemprego juvenil, a desigualdade social ou a crise econômica, por que está ocorrendo agora e não há uma década? Por que ocorre nos bairros pobres?”
Disso tiramos trê certezas: 1) o povo jamais terá suas demandas expôs nas mídias burguesas. 2) A mídia sempre cumprirá o papel de criminalizar que enfrentar o sistema. 3) Silvio Caccia Bava nunca mais será entrevistado pela Globo.

Por Maria Fernanda Linhares

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