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"Se você treme de indignação perante uma injustiça no mundo, então somos companheiros". (Che Guevara)

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Eleições 2012 em Altamira 5: Boato de Campanha ou Campanha de boato?



A Campanha Eleitoral nem se acirrou, mas já vemos que rumo andará esse processo em Altamira. Uma campanha em que mais uma vez o bem vindo e tão sonhado embate de ideias, propostas não se fará presente. Será a Campanha do cria boato, sendo todos contra um.
Todos os dias as chapas do Ditador (Juvenil) e do Grileiro (Délio) criam ‘noticias’ de que o Ex-menino-pobre (Claudomiro) não é mais candidato a prefeito. E para dá credibilidade ao disse-me-disse vale até encomendar noticias no Jornal.
Numa das edições do Diário do Pará da semana que se passou, o jornal deu destaque à CASSAÇÃO DE CLAUDOMIRO. O fato se repetiu no DOL (Diário On-Line). Claro que a noticia nesses meios de informação é coisa de compadres, o Diário é de propriedade do Senador de reputação duvidável Jader Barbalho (PMDB).
Aí amigo, saiu no Jornal virou verdade! Sai desmontando todo trabalho que a chapa de Claudomiro vem fazendo. A mesma coisa repete-se na base. Os blogs de repórteres que trabalham para o Ditador, reproduzem a noticia com fonte renomada e a ‘verdade’ ganha força.
O fato é que sendo o Ditador ou o Grileiro estão no desespero. Délio ( Grileiro), por natureza é o candidato do desespero, sem qualquer tipo de afeição popular. Juvenil ( Ditador) é o candidato com mais expressão política, e ver-se caindo na aceitação popular à medida que Claudomiro ( Ex-menino-pobre) cresce junto ao povo. Nisso, tanto Délio, quanto Juvenil entraram na Justiça para impugnar a campanha do Ex-menino-pobre.
Que o povo tenha maturidade para processar esses boatos de campanhas, ou será que é campanha de boatos?
Por João Fernando

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Um Vermelho duvidoso


A cor Vermelha ao longo da história tem representado um espírito de resistência das forças políticas combativas na causa popular. Tanto é verdade que as forças reacionárias de plantão nomearam alguns lutadores com o termo vermelho. Tipo, os Padres ligados à Teologia da Libertação, por diversas vezes foram chamados de Padres Vermelhos.
Entretanto, contudo, todavia, porém, em Altamira, o Paraíso Xiguara, o VERMELHO está nas mãos da burguesia, e não é de qualquer burguesia, é a mais AUTORITÁRIA e OPRESSORA da região.
Quem compreende o significado da simbologia para a luta popular, sabe do que estou falando. Ver os carros de uma elite mesquinha com bandeiras vermelhas estampando apoio à Domingos Juvenil (O Ditador) chega a ser uma afronta.
Observem que onde houve e ainda resiste um governo socialista, ali está hasteada uma bandeira vermelha. O Vermelho é intrinsicamente associado ao desafio, um símbolo de sangue derramado numa história de luta.
Eles nos oprimem, nos criminaliza e como se não bastasse, tomam nossos símbolos de luta.
Aqui em Altamira, não se pode desejar que a bandeira vermelha triunfe...
Por João Fernando

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Eleição 2012 em Altamira 4: Os Candidatos e as Cifras


Passeando pelo site do TRE, encontrei o DIVULGACAND, uma seção que mostra minimamente a vida pregressa dos nossos candidatos a prefeito e vereadores. Explicitando escolaridade, ocupação, e declaração de bens.
Penso que seria importante todos os cidadãos terem acesso a esse curriculum mínimo dos nossos prefeitáveis.  Primeiro pra ver o quanto eles acham que somos tapados. Para entenderem o motivo de minha colocação, observem a declaração dos bens de cada candidato:
·         O Ex-menino-pobre (Claudomiro): declarou um montante de  R$ 397.918,70.
·         O Sudanzeiro (Délio): declarou R$ 10.169.000,00.
·         O Ditador (Juvenil): declarou R$ 1.198.400,13.
Entenderam agora? Quem não tem noção de cifras, e de jogatinas políticas, contentam-se com esses números.  Já àqueles que conhecem o conceito de ‘laranja’, ‘caixa-dois’, e outras cositas mais, sabem que há outros valores intocados por aí.
Claro que Juvenil não irá declarar as quantias advindas de desvio da ALEPA. KKKK
            Atentem também agora para o que os honoráveis candidatos almejam gastar durante a campanha eleitoral:
·         O Ex-menino-pobre (Claudomiro): Gastará um máximo de R$ 3.000.000,00
·         O Sudanzeiro (Délio): Gastará no máximo R$ 5.000.000,00
·         O Ditador (Juvenil): Disse que gastará no máximo R$ 1.200.000,00.
Pra mim todos esses aspirantes ao poder executivo, dariam ótimos comediantes. Mas, tem um que já está pronto pra encarar o mundo da comédia: Juvenil – o nosso Ditador- Todos no mundo da política, sabe desde as últimas eleições em Altamira, que vereadores gastaram R$ 1.000.000,00 para se eleger, que dirá um candidato a prefeito.
Eu sei que os que irão ler este teste dirão: ‘esse cara tem marcação com Juvenil, porque ele dá sempre destaque a ele’. Pelo amor de Deus não pensem isso de mim (kkkk). Mas convenhamos de todos os números declarados os mais esdrúxulos é o do nosso Honorável Bandido, digo Juvenil. Kkkk
Uma coisa é certa caros leitores, o circo está armado, e as piadas são todas muito apelativas...
Por João Fernando

sábado, 21 de julho de 2012

Conversa de Bastidores: Dânica montará casas de placas para Atingidos de Belo Monte


Dânica, a maior terceirizada do Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM), será uma das empresas responsáveis pela construção das casas dos Atingidos Por Belo Monte. E como, já diziam os Movimentos Sociais contrários à obra, as casas serão de placa (pré-moldada).
Até aí, nenhuma novidade e sim uma constatação...
A empresa que foi a responsável por montar as salas improvisadas nas escolas que estava e ainda está em reforma, é especialista e montagem de pré-moldados.
Dânica também é a responsável por montar os alojamentos dos trabalhadores nos canteiros de obras de Belo Monstro.
Desde o principio, foi denunciado o modo como seriam feitas as novas moradias dos Atingidos, e todas as empresas nas fases de estudos, quanto a Norte Energia, depois de feito o leilão, negava como que as casas seriam de placas.
Por João Fernando

quarta-feira, 18 de julho de 2012

MPF e MP do Pará processam o grupo Rede para garantir fornecimento de energia à população

O Ministério Público Federal e o Ministério Público do Estado do Pará iniciaram processo judicial contra a Rede Celpa S.A, a Rede Energia S.A, a União e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para que sejam obrigados a garantir todos os investimentos necessários para a prestação do serviço de distribuição de energia elétrica no Pará. O MPF quer ainda que os entes processados sejam responsabilizados pelas despesas da Celpa que possam atrasar por causa da recuperação judicial da concessionária, para evitar qualquer interrupção no fornecimento.

Depois da recuperação judicial pedida em 2012, a Celpa se tornou a pior concessionária de energia do Brasil. E o MP teme que as coisas piorem ainda mais. O pedido de recuperação vem sendo marcado por reclamações de credores que não estariam sendo pagos corretamente. São fornecedores independentes de energia, terceirizadas e funcionários que, sem receber, podem interromper o fornecimento de eletricidade em regiões do estado que não fazem parte do sistema interligado, por exemplo. 

O MP já recebeu denúncias de várias regiões do Pará nesse sentido, relatando interrupções inexplicáveis no fornecimento, oscilações com picos de energia repentinos, envio de contas de energia elétrica para endereços errados nas comunidades rurais, falta de manutenção da rede de distribuição e cobranças absurdas ou abusivas. Para o MP, nada disso pode acontecer. 

O procurador da República Bruno Valente pediu à Justiça Federal que a União e a Aneel, por terem se omitido diante dos sinais evidentes de degradação dos serviços prestados pela Celpa, sejam obrigadas a assegurar a continuidade da distribuição de energia, assumindo a responsabilidade como credora por débitos de despesas correntes da Celpa. 

O procurador pediu também que a Aneel apresente, no prazo de 30 dias, um estudo apontando quais investimentos são necessários para que a prestação dos serviços de distribuição de energia elétrica no Pará atenda as metas mínimas de qualidade estabelecidas. O caso será julgado pela juíza Carina Catia Bastos de Senna da 1ª Vara Federal em Belém.

Efeito dominó - Para o MP, a responsabilidade pela situação da concessionária de energia do Pará – privatizada em 1998 – é da própria Rede Celpa S.A, de sua controladora Rede Energia S.A e da União, através da Aneel, que não foi capaz de corrigir as falhas de gestão que levaram à grave condição atual: a empresa está em recuperação judicial e fornece o pior serviço entre todas as concessionárias do país.  

Os problemas da Celpa começaram a se agravar, segundo a investigação do MP, em 2003, quando foram iniciados empréstimos da empresa para outras do Grupo Rede, também controladas pela Rede Energia, “chegando-se, em 2006, ao pico de R$ 753 milhões de créditos da Celpa, os quais passaram a ser pagos a partir de 2007, com quitação total em 2010”. 

“Nestes anos em que a Celpa esteve descapitalizada em razão de empréstimos realizados a outras empresas do grupo surgiram débitos de grande monta, como a perda, em 2004, de ação judicial no valor de R$ 370 milhões (Plano Bresser) e o reconhecimento, em 2006, de débitos tributários de R$ 415 milhões”, narra a ação judicial. 

Por conta da crescente descapitalização, nesse mesmo período a Celpa passou a cortar recursos para investimentos no estado do Pará: deveria ter investido R$ 659 milhões na distribuição de energia em território paraense, mas investiu apenas R$ 280 milhões, 57,5% a menos do que estava previsto. 

O efeito dominó da péssima gestão da Celpa não parou aí. A falta de investimentos teve como consequência um severo aumento das perdas não-técnicas – rigorosamente, energia desperdiçada -  que passaram de um déficit de R$ 3,5 milhões em 2003, para R$ 65,3 milhões em 2010. E também ao descumprimento sistemático das metas de qualidade impostas pela Aneel, o que multiplicou as compensações pagas pela empresa aos consumidores de R$ 0,4 milhões em 2003 para R$ 82 milhões em 2010.  “Portanto, resta claro que a baixa qualidade do serviço prestado atualmente decorre de culpa da própria empresa, ante às desastradas atitudes tomadas durante sua gestão”, afirma a ação judicial.


Fonte:Site MPF

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Dizem por aí...Eleições em Altamira


O Ditador (Juvenil) num ato de desespero apelou para o tapetão...Resolveu entrar com uma representação na Justiça Eleitoral para impugnar  a candidatura de João Batista (O Sectário), candidato a vice de Claudomiro Gomes.
Pelo amor de Deus, não estou criticando o Ditador porque resolveu atacar no tapetão, estou apenas chamando a atenção para o óbvio: Juvenil sabe que chegará no auge da campanha em segundo lugar, e adivinhe quem estará em primeiro? Isso mesmo, o Ex-menino-pobre, cujo vice é o Sectário (João Batista).
Isso já aconteceu antes. A popularidade de Juvenil é sustentada em areia.
João Fernando

Eleições 2012 em Altamira 3: O novo sujeito


Nas eleições altamirense sempre teve um grupo disputadíssimo por todos os candidatos: o funcionário público municipal.
Esse público além de ser concorrido, sempre foi capaz de ajudar na formação de opinião dos demais eleitores, pois o trabalhador público municipal fazia parte do termômetro dos anseios de toda a cidade: Indicava o tratamento do prefeito(a) com os servidores.
Prova disso, que nos oito anos de governo da Dona Prefeita, ela nunca fez concurso, pra manter cativos 80% dos funcionários da prefeitura. Fazia prisioneiros funcionários, família e amigos. Não é atoa que se reelegeu, boa parte de quem votou nela na verdade só queria defender o pão-de-cada-dia.
Lembro-me que em frente uma das secretarias que mais emprega, a de educação, formava-se filas imensas de homens e mulheres atrás de um emprego. Alguns sem qualquer esperança por que não tinha indicação de nenhum vereador, da Senhora Prefeita, ou de qualquer outro fanfarrão que esboça autoridade aliado dos oligarcas que estão no poder.
Pois bem, com a vinda de Belo Monstro, surge um novo sujeito: o operário.
Há que já tenha notado a presença desse elemento no jogo como um ser de grande importância para o resultado final das eleições. Para os tolos, nada diferente.
Boas partes dos operários que estão trabalhando na obra da barragem transferiram o título para Altamira. Pergunta-se: qual o compromisso dessa pessoa com a cidade? Será que de fato dará um voto de consciência?
Dizem à boca-pequena que estes sujeitos servirão de barganhas em negociatas entre candidatos e empresas. Por isso em postagens anteriores foi dito por esse mero observado que, a Senhora Norte Energia terá papel importante nas eleições 2012.
Por João Fernando


sexta-feira, 13 de julho de 2012

Governo Federal desrespeita os direitos dos atingidos por barragens


Em carta, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) denuncia o retrocesso na regulamentação do decreto que estabelece o cadastramento dos atingidos por barragens. O Governo cedeu às pressões das corporações transnacionais do setor elétrico e regulamentou um texto que desrespeita os direitos dos atingidos

Leia o posicionamento do MAB e entenda o que está em jogo:
A Portaria Interministerial nº 340 de 1º de junho de 2012, publicada no Diário Oficial da União (DOU) em 4 de junho,  com a função de regulamentar decreto nº 7.342, de 26 de outubro de 2010, assinado pelo ex presidente Lula, é um retrocesso. Segundo o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), essa medida significa anular o decreto e mais uma vez desrespeitar os direitos mínimos das populações atingidas por barragens.
O decreto, que estabelecia o mero direito dos atingidos por barragens de serem cadastrados, significava uma conquista. Porém, o Governo Federal, através do Ministério de Minas e Energia, cedeu às pressões das corporações transnacionais do setor elétrico e regulamentou um texto que, para os atingidos por barragens, representa na prática invalidar o decreto e mais uma vez não tratar de forma séria, com políticas de estado às populações atingidas, repetindo os erros dos últimos 30 anos do setor elétrico.
De acordo com a Portaria Interministerial, o cadastro dos atingidos vai ser terceirizado às empresas privadas, transformado em mais um negócio. As empresas que farão o cadastro são as mesmas que  são donas de barragens. Ou seja, o cadastro será feito sem nenhuma idoneidade. O MAB defendia que o cadastro fosse feito pelo Estado, como o próprio decreto estabelecia, como maneira de evitar distorções, uma vez que as empresas, na lógica do lucro, têm interesses contrários à garantia dos direitos dos atingidos.
Além disso, a regulamentação alterou o prazo de elaboração do cadastro. O cadastramento deverá ser feito "preferencialmente antes da concessão da licença prévia", mas pode ser feito durante a construção ou, até mesmo, momentos antes de fechar o lago da usina. Isso significa reproduzir o que já vem sendo feito pelas empresas do setor elétrico, ou seja: termina-se a construção da barragem, e não se sabe quantas pessoas e famílias são atingidas, como mostram os casos recentes das usinas de Santo Antônio e Jirau, em Rondônia, ou de Estreito, em Tocantins.
O decreto é uma lei conquistada em 30 anos de luta e garantia o direito dos atingidos serem cadastrados quando as  barragens forem construídas. É evidente que o cadastro não significa automaticamente ter direito a reparações. Porém com na regulamentação, o Governo impôs que o cadastro "não gera direitos e nem obrigações". Para o MAB, estes argumentos não precisariam ser explícitos, já que o contrário também não consta. Ao afirmar isso, fica clara a intenção prévia de negar e não reconhecer os direitos dos atingidos.
 Além disso, os atingidos terão que comprovar sua condição.  Para serem cadastrados, terão que provar, através de um conjunto de documentos, que são atingidos por uma suposta futura hidrelétrica. Para o MAB, isso é absurdo. Como provar que são atingidos se a hidrelétrica ainda não foi construída, e se a população atingida sequer sabe onde vai chegar a água do futuro lago?  O cadastro não tem este objetivo de provar se somos ou não atingidos, até porque isso não é possível na fase inicial da obra. Se fossem respeitados os termos do decreto, o cadastro seria um registro público, com o objetivo de fazer o levantamento da população.
Outro aspecto criticado pelo MAB é que a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) será o órgão responsável por dizer qual a responsabilidade da concessionária frente ao cadastro. Para o Movimento, a ANEEL não é uma agência neutra e nem meramente técnica e, historicamente, tem atuado para atender aos interesses das empresas privadas.
Da aprovação do decreto outubro de 2010 à divulgação da portaria que regulamenta o mesmo, passaram-se um ano e oito meses, Durante este tempo, o MAB havia manifestado inúmeras vezes publicamente a preocupação com a possível armadilha que estava sendo criada, para novamente atender somente os interesses das empresas privadas do setor elétrico. O Movimento, inclusive, havia registrado por escrito os riscos e os artifícios que o Ministério de Minas e Energia planejava para destruir o decreto presidencial criado pelo então presidente Lula, que garantia o direito das populações atingidas serem cadastradas antes da construção de uma barragem.
Para a Coordenação Nacional do MAB, este é mais um golpe das empresas privadas do setor elétrico, com o consentimento do Estado e do Governo, através dos ministros de Minas e Energia, do Meio Ambiente, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca e Aquicultura, que assinam a portaria interministerial. Isso demonstra que o Governo, mais uma vez, atende à pauta das empresas. Dessa forma, a dívida histórica do Estado brasileiro com as populações atingidas continua sendo acumulada e os direitos dos atingidos continuam sendo sistematicamente violados.
Coordenação nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB)
Fonte: Site MAB

Eletrobras compra energia livre de Belo Monte


A energia livre da usina hidrelétrica de Belo Monte já tem a garantia de que será vendida para a Eletrobras, durante todo o prazo da concessão do empreendimento, a R$ 130 o MWh. Esse valor é aproximadamente 70% maior que o lance vencedor do leilão realizado em abril. A opção de compra dos cerca de 880 megawatts (MW) destinados ao mercado livre, 20% da energia assegurada do projeto, e seus termos estão previstos no acordo de acionistas do consórcio Norte Energia ao qual o Valor teve acesso. A tarifa acertada garante uma receita para o projeto de R$ 1 bilhão por ano.
O acordo prevê ainda que a Eletrobras, como holding e com suas subsidiárias, terá o papel de buscar novos sócios autoprodutores para a companhia e que a Gaia Energia, hoje o principal autoprodutor sócio do projeto e que pertence à Bertin, terá que se desfazer de 7% de sua participação atual, ficando com 2% na sociedade. Esse é o motivo pelo qual a Gaia não terá que apresentar a garantia de fiel cumprimento no valor de sua atual participação na Sociedade de Propósito Específico (SPE). O total do depósito a ser feito é de R$ 1 bilhão e os 7% da Gaia serão depositados pela própria Norte Energia.
A saída da Gaia também faz parte do acordo de acionistas que detalha, no papel, o que os executivos da Eletrobras tentam negar no discurso: Belo Monte será uma obra com poder exercido pela estatal. Os sócios privados, que juntos têm mais de 50%, servem apenas para legitimar a sociedade a não ter de seguir as regras da lei de licitações.
Dos sete diretores da Norte Energia, quatro serão indicados pela chamada parte pública do acordo de acionistas, ou seja, a holding Eletrobras e suas subsidiárias, que detém pouco menos que 49,9% da companhia. Essa indicação vale inclusive para o diretor presidente que já foi escolhido e será Carlos Nascimento, ex-presidente da Eletronorte. No conselho de administração, a parte pública indica a metade dos conselheiros, inclusive o presidente, que será Valter Cardeal.
A energia para os autoprodutores, que vão ter de investir no projeto, ficou a R$ 100 o MWh. Com os preços já fixados da parcela que não foi vendida ao mercado cativo, a energia de Belo Monte custará, em média, R$ 102,60. Uma importante fonte da Eletrobras explica que as opções fazem parte da garantia do projeto. No caso da autoprodução, a mesma fonte diz que o consórcio queria ficar dono dessa energia e por isso deu uma opção de saída à Gaia.
Já a opção de compra da energia destinada ao mercado livre só será exercida pela Eletrobras se a Norte Energia não obtiver preços melhores diretamente na oferta aos consumidores ou em caso de os bancos financiadores exigirem um contrato já firmado da venda dessa energia. De qualquer forma, a empresa tem garantida a venda de 70% da energia para o mercado cativo, no valor de R$ 78 (preço do leilão), R$ 130 para os 20% destinados ao mercado livre e R$ 100 para os 10% que ficam com os autoprodutores.
A venda de uma opção de compra da energia destinada ao mercado livre a um preço determinado, instrumento comum usado no mercado financeiro, também foi o modelo usado na sociedade que constrói a usina de Santo Antônio, no Rio Madeira. A opção de compra da energia foi feita pela Cemig, uma das sócias do empreendimento, a um preço de R$ 139 conforme divulgado em decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O prazo em Santo Antônio, entretanto, dessa opção de compra é de 15 anos e o volume era de 390 MW médios.
Em Jirau, no rio Madeira, a energia destinada ao mercado livre, também cerca de 400 MW, ainda não foi vendida e os primeiros leilões da energia devem ocorrer no final deste ano. A empresa segurou os contratos porque quando a usina foi a leilão os preços no mercado livre caíram muito. Basicamente, os preços para o segmento cativo acabam sendo baixos porque no mercado livre é onde o empreendedor busca a remuneração do projeto.
De acordo com uma fonte da Eletrobras, a estratégia de comprar a energia de Belo Monte foi para dirimir o risco de mercado e também evitar especulação de preço. "Uma grande quantidade de energia como a de Belo Monte pode baixar muito os preços no mercado livre", disse a fonte.

Por Josette Goulart
Fonte:Valor Econômico

A preço de banana


A expressão ‘a preço de banana’ foi empregada historicamente para tudo quanto tivesse o preço muito baixo. Assim, nos acostumamos a comprar, vender e falarmos saiu a preço de banana, quando realizamos uma negociação a preço irrisório.
No entanto, para continuarmos usando esse termo teremos que modificar o seu sentido original.
Não sou eu que faz as compras em casa, não gosto de ir ao supermercado, de fazer compras, isso é um fato. Mas hoje tive de ir à quitanda perto de casa, comprar banana e cheiro-verde e quase caí de costas com o preço da banana: R$ 2,50.
Que o custo de vida na nossa querida Altamira está um absurdo, é unanime entre os que sempre moraram aqui. Temos o tão alardeado preço do aluguel com preços astronômicos, a prestação de serviços escassos e caros, e a alimentação um absurdo.
Os defensores do’ pregresso a todo custo’, dirão que em contrapartida o desemprego na região diminuiu. E eu direi que o salário desse sujeito social, o operário, não cobre o custo de vida de Altamira. E ainda mais, nem todos trabalham na barragem, nem todos recebem R$ 1200,00.
Então a partir de agora, quando ouvirem que algo está a preço de banana, estão dizendo que está tão caro quanto à banana, ou seja, custando os olhos da cara.
Por João Fernando

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Ex-guardião da moral, Demóstenes é cassado pelo Senado


Por 56 votos a 19 (além de cinco abstenções), o Senado cassou nesta quarta-feira 11 o mandato de Demostenes Torres (ex-DEM) por quebra de decoro parlamentar. Ex-guardião da moral no Congresso, o agora ex-senador goiano caiu em desgraça após a revelação de sua proximidade com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, preso e investigado pela Polícia Federal.
Eleito (e depois expulso) pelo DEM, Demóstenes está inelegível até 2027. Sem o mandato, ele perde o foro privilegiado e terá seu processo julgamento na primeira instância. A sessão de julgamento teve a presença de 78 dos 81 senadores.
As galerias do plenário do Senado foram abertas para a população. Ao anunciar as regras da sessão, o presidente José Sarney (PMDB-AP) informou que todos os senadores inscritos terão o direito de usar a palavra por dez minutos. O primeiro a falar foi o relator do processo no Conselho de Ética, Humberto Costa (PT-PE).
Ao defender a cassação do senador, Costa enfatizou que Demóstenes mentiu em plenário para esconder sua relação com o empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Segundo o petista, além de participar da organização criminosa, Demóstenes atuou para proteger Cachoeira das investigações que estavam sendo feitas pela Polícia Federal.
“O senador participou inclusive do processo de proteção de Carlinhos Cachoeira. Há um diálogo que é o mais grave de todos. Vossa excelência diz que tem uma informação privilegiada e diz que vai haver uma operação. Essa operação não aconteceu porque era uma simulação”, destacou o relator que reforçou que a atitude de Demóstenes ao avisar Cachoeira poderia ter custado a vida de policiais que estavam trabalhando na investigação. O senador ainda enumerou os presentes a Demóstenes dados por Cachoeira.
Humberto Costa reclamou de ter sido chamado de ficcionista, nos discursos feitos por Demóstenes na semana passada e nesta semana, para tentar se defender. Demóstenes adotou a estratégia de desqualificar o relatório aprovado de forma unânime pelo Conselho de Ética e pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
“São inúmeros os fatos que comprovam que lamentavelmente, tristemente, o senhor quebrou o decoro parlamentar. O senhor deixou de agir como um senador da República”, disse Humberto Costa.
Logo após o discurso de Humberto Costa, o relator do processo na CCJ, senador Pedro Taques (PDT-MT), reforçou a legalidade do relatório que pede a cassação do mandato. “Ficou claro que o senador Demóstenes quebrou o decoro parlamentar, ferindo de morte a dignidade do cargo, conforme a robusta representação apresentada”, disse Taques.
Cinco senadores pediram a palavra para manifestar apoio à cassação do mandato e defender o fim da votação secreta. O primeiro senador a falar na fase de discussão do pedido foi Mário Couto (PSDB-PA). Ele disse que, diante das gravações feitas pela Polícia Federal, fica impossível defender o senador. “Criei uma amizade com esse parlamentar e é muito duro para mim vir a essa tribuna expressar o meu sentimento. Querido Demóstenes, ao afirmar no Conselho de Ética que a voz gravada pela Polícia Federal é sua, e a fita mostra ajuda que vossa excelência deu a Carlinhos Cachoeira, o esforço que vosso advogado fez foi em vão.”
Na sessão de julgamento, apenas os senadores Inácio Arruda (PCdoB-CE), Sérgio Petencão (PSD-AC) e Mauro Fecury (PMDB-AC) não compareceram.
São necessários 41 votos, a maioria absoluta dos senadores, para que o mandato do parlamentar seja cassado.
O processo que pede a cassação do mandato de Demóstenes teve início após a divulgação de denúncias sobre as estreitas relações do senador com Carlinhos Cachoeira, preso desde fevereiro sob a acusação de liderar uma rede criminosa de jogos ilegais e corrupção. Demóstenes, flagrado em várias gravações feitas pela pela Polícia Federal em conversas com Cachoeira, é acusado de ter colocado seu mandato a serviço do empresário. O processo por quebra de decoro foi movido porque Demóstenes teria mentido no plenário ao negar relações com Cachoeira.
Autor do pedido de cassação, Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) declarou: : “O que está em jogo é a credibilidade do Senado”.
Até hoje, o único senador cassado pelo Senado foi Luiz Estevão, do Distrito Federal, em 2000. Ele foi acusado de envolvimento no desvio de verbas públicas na construção do prédio do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo.
Em 2007, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) chegou a ser julgado, mas foi absolvido.
Fonte: Carta Capital


Demóstenes: o bode expiatório


O senado brasileiro, não precisa de lobistas, os senadores em sua maioria são os próprios lobistas.
O Senador paraense Mario Couto(PSDB), disse uma grande verdade: ”Esta casa infelizmente está desmoralizada”.
No entanto, Mário Couto, e tantos outros que tomaram a palavra na tribuna nesta manhã, esqueceram-se de falar o motivo da desmoralização da instituição.
Os senhores Senadores, ao se candidatarem ao cargo que hoje ocupam, já foram com a missão de lutar por interesses de empresários e grupos criminosos.  O povo, os interesses públicos, fazem partes da missão de uma minoria no Senado.
Com a garantia da imunidade parlamentar, o legislativo federal é uma casa de lobistas, é a certeza da impunidade. Decoro parlamentar é termo chique para embelezar o discurso nos telejornais.
E hoje, vemos Demóstenes Torres, o Vestal Senador da Mídia Burguesa, servindo como bode expiatório. Assim como Demóstenes, tantos outros aí deveriam está atrás das grades.
Demóstenes perderá o mandato, e venderão a ideia de que o Senado fez a limpeza moral. É uma grande cena em rede nacional...
Por João Fernando

terça-feira, 10 de julho de 2012

O que diabos é um ficha suja?


Qualquer trabalhador que esteja concorrendo a uma vaga de emprego tem de apresentar seus antecedentes criminais. Isso é uma pratica habitual no nosso país. Não importa a função ao qual a pessoa esteja pleiteando, desde um auxiliar de serviços gerais que será o responsável pela limpeza do banheiro de uma empresa, ou o gerente que conduzirá todas as equipes de trabalho da empresa.
Se ao apresentar os antecedentes criminais a pessoa obtiver uma ocorrência na ficha, certamente não ficará com a vaga, por falta de idoneidade moral.
Já, para concorrer às eleições, o individuo não precisa apresentar no horário político, que o que substitui a entrevista patrão x candidato, seus antecedentes criminais. Por que será? Acho que é por que em vez e ouvirmos propostas de governo, teríamos um programa policial.
Já pensou?
- Olá boa tarde, meu nome é Délio Fernandes, mais podem me chamar de Sudanzeiro. Tenho esse apelido carinhoso porque fui o responsável pelos desvios dos recursos da SUDAM, inclusive tive meus bens bloqueados pela justiça. Aí, estou tentando ganhar a vida na política agora...
- Meus amigos, minhas amigas, vocês já me conhecem da sessão policial dos jornais estaduais. Quando Presidente da ALEPA também desviei alguns milhões. Na última oportunidade que governei Altamira, contratei minha fabrica de asfalto para prestar serviço à prefeitura. Não esqueçam deve velho amigo de sempre Dr. Domingos Juvenil, Doutor heim. Roubo com classe.
- Oi meu caros altamirenses, sou Claudomiro Gomes, filho de Altamira. Quando fui prefeito fiz duas obras importantes aqui: o ginásio poliesportivo e minha pousada no Xingu.
Não duvidem, antes do fim do horário eleitoral o Capitão Nascimento chegava mostrando  saco pra todos eles, fazendo cada um pedir pra sair.
Sem brincadeiras
Quero chamar atenção aqui para o fato de que, o homem ou a mulher que vai limpar um banheiro tem que provar que é honesto. Agora, os indivíduos quem vai gerir os recursos de uma cidade, Estado ou País, não precisa. Esse conceito de Ficha Suja , Ficha Limpa é muito distorcido, é só balela...

 Por João Fernando

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Eleições 2012 em Altamira 2: Agora com as cartas na mesa


Bem, no texto anterior,Eleições 2012 em Altamira : A FACE OCULTA DO PROCESSO, discorri naquele momento ainda sobre as possíveis alianças e candidatos. De lá para cá muita água passou sob a ponte.

Hoje com as cartas na mesa, é bem mais fácil prevê as jogadas que estão por vir, e os passos que devemos dá.

 

As Cartas

 

No último dia trinta, os partidos nas convenções formalizaram as alianças fechadas nos bastidores. Tais convenções culminaram nas seguintes candidaturas:

1.      Domingos Juvenil ( O Ditador) e Joel Mendes (O Pastor).

2.      Délio Fernandes (O Sudanzeiro) e Senhorinha (Senhora PSDB).

3.      Claudomiro Gomes (O Ex-menino-Pobre ) e João Batista (O Governista).

 

As Cartas Valem o que são

·         O Ditador (Juvenil)- Já foi prefeito de Altamira por duas oportunidades. A primeira durante a ditadura militar, nesse período foi o braço forte, ou a mão-de-ferro, como queiram, do Governo ditatorial que tanto matou e torturou trabalhadores no Brasil. No segundo mandato, eleito “democraticamente”, o homem deixou sua marca na cidade: asfalto, blokrets, monumentos, perseguição direta aos trabalhadores da prefeitura e abandono à áreas  essências como saúde, educação e agricultura. A candidatura encabeçada pelo PMDB representa o que há de mais reacionário na nossa região. O Ditador e o Pastor: é o consenso pela palavra ou na chibata.

·         O Sudanzeiro (Délio)- Ex-vice-prefeito de Anapu, o moço e parte integrante da quadrilha responsabilizada pela mega-fraude da SUDAM. O Sudanzeiro e a Senhora PSDB, é a escória da escória altamirense, é candidatura do desespero, tipo assim: Ele estava sem ninguém, os Psdbistas também, porque não se juntarem né? O fato é que vão pegar carona no resultado dos oito anos de assistencialismo degradante da Dona Prefeita.

·         O Ex-menino-pobre (Claudomiro)- Também já esteve prefeito de Altamira. Entrou na prefeitura chorando miséria, e saiu com uma bela pousada no Xingu. Cada campanha um partido diferente: na primeira vez, estava no PSDB, na segunda no PMDB e agora PSB. O motivo? O ego, que não lhe permite ser vice de ninguém. Seu vice, o Governista, vomitará apoio da Presidente da República. Os Ptistas parecem que ainda não aprenderam que esse papo não funciona na Transamazônica.

Um fato

Podemos concluir com tudo isso que se configurou é que esse papo de democracia não passa de conversa fiada. Teremos de escolher dentre os candidatos não o melhor, mas, o menos pior.

Mais uma vez, os candidatos alimentarão sonhos de pessoas sofridas e cansadas de serem usadas por parasitas do dinheiro público.


Por João Fernando

sábado, 7 de julho de 2012

O fim da hibernação


O blog AOS OLHOS DO POVO, enquanto foi atualizado diariamente por durante nove meses, contribuiu de maneira pontual a quem procurava mais do que uma informação vendida, mas informação fundamentada em causas e consequências.
O blog era dirigido por Maria Fernanda, Paulo Villa Real, e eu, João Fernando. Durante os nove meses na ativa, recebemos vários elogios, críticas e ameaças. Mas no geral, foi um período bem fértil para nós, e para quem nos acompanhávamos. Tivemos algumas contribuições de outras pessoas de maneiras esporádicas, que contribuíram bastante para a credibilidade do nosso blog.
No entanto, o AOS OLHOS DO POVO foi deixado de ser atualizado. O motivo? Paulo e Maria, que são casados, tiveram que ir embora para outro Estado. Me deixaram a missão de continuar escrevendo, mas naquele momento não me senti a altura da responsabilidade. Dos três, eu sempre fui o que menos escrevi. Então decidi parar.
Nesse tempo sem atualizar o AOS OLHOS DO POVO, várias coisas aconteceram, como diria Cazuza: ‘o tempo não pára’. E eu, vendo fatos importantes sendo noticiados ao povo a bel prazer de quem detém dos meios de comunicação, sem qualquer contra ponto.
Uns defendendo a Senhora Prefeita, outros o Ditador (Juvenil). Pura palhaçada! E todos vomitando IMPARCIALIDADE.
Por Deus, Quem é imparcial nessa vida? Melhor, que jornal é imparcial? Toda notícia é carregada da ideologia de quem detém o meio de comunicação. O AOS OLHOS DO POVO ,nunca foi imparcial. Nós defendemos os interesses populares.
Sempre duvidem de quem diz ser imparcial.
Diante disso tudo resolvi, mesmo tardiamente, voltar a escrever no blog. Não sei se tenho o mesmo potencial de Maria e Paulo, mas tentarei contribuir, fazer o contra ponto aos enlatados fabricados pela burguesia regional.
É o fim da hibernação... E continua aberto o espaço para quem quiser  contribuir no blog.

Por João Fernando