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terça-feira, 6 de março de 2012

Aneel nega aumento de tarifas para salvar a Celpa


Companhia, que pediu recuperação judicial, alegava que preços não
 cobriam custos e causavam desequilíbrio econômico-financeiro. A
 diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) negou, 
por unanimidade, um requerimento de revisão tarifária extraordinária
 feito pela distribuidora de energia Celpa ainda em 2011. A companhia,
 que teve aceito um pedido de recuperação judicial, alegava que as tarifas
 não cobriam seus custos e queria um aumento que causaria uma elevação
 média de 20,14% nas contas dos consumidores.As distribuidoras passam
 anualmente por reajustes e, a cada quatro anos, uma revisão da metodologia
 de cálculos das tarifas. As concessionárias, no entando, podem pedir a 
qualquer momento a revisão extraordinária se entenderem que algum
 fato levou a um desequilíbrio financeiro em seu contrato.No caso da Celpa,
 a alegação era de que o primeiro e o segundo ciclo de revisão tarifária não
 levaram em conta um montante expressivo de seus ativos. Além disso, as 
complexidades da área de atuação da distribuidora, o Estado do Pará, com
 grande extensão, áreas indígenas, perdas de energia elevadas e grande
 inadimplência, também explicariam o pleito.O relator do processo, diretor
 André Pepitone, analisou os argumentos e entendeu que "o desequilíbrio 
econômico-financeiro da companhia não tem a ver com o nível tarifário". 
Para ele, a solução para os problemas da Celpa não passam pelo reajuste
 das contas, mas por um "aporte de recursos de seu controlador", o Grupo 
Rede, que possui ainda outras distribuidoras, como Cemat, Enersul e Celtins.
Pepitone também afirmou que as dificuldades da Celpa são "decorrentes da 
própria gestão da concessionária" e que esta deveria adotar "medidas mais 
adequadas de gestão financeira, redução das perdas de energia e melhoria 
dos índices de qualidade".

Por Luciano Costa
Fonte: Sindicato dos Urbanitários

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