Companhia, que pediu recuperação judicial, alegava que preços não cobriam custos e causavam desequilíbrio econômico-financeiro. A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) negou, por unanimidade, um requerimento de revisão tarifária extraordinária feito pela distribuidora de energia Celpa ainda em 2011. A companhia, que teve aceito um pedido de recuperação judicial, alegava que as tarifas não cobriam seus custos e queria um aumento que causaria uma elevação média de 20,14% nas contas dos consumidores.As distribuidoras passam anualmente por reajustes e, a cada quatro anos, uma revisão da metodologia de cálculos das tarifas. As concessionárias, no entando, podem pedir a qualquer momento a revisão extraordinária se entenderem que algum fato levou a um desequilíbrio financeiro em seu contrato.No caso da Celpa, a alegação era de que o primeiro e o segundo ciclo de revisão tarifária não levaram em conta um montante expressivo de seus ativos. Além disso, as complexidades da área de atuação da distribuidora, o Estado do Pará, com grande extensão, áreas indígenas, perdas de energia elevadas e grande inadimplência, também explicariam o pleito.O relator do processo, diretor André Pepitone, analisou os argumentos e entendeu que "o desequilíbrio econômico-financeiro da companhia não tem a ver com o nível tarifário". Para ele, a solução para os problemas da Celpa não passam pelo reajuste das contas, mas por um "aporte de recursos de seu controlador", o Grupo Rede, que possui ainda outras distribuidoras, como Cemat, Enersul e Celtins. Pepitone também afirmou que as dificuldades da Celpa são "decorrentes da própria gestão da concessionária" e que esta deveria adotar "medidas mais adequadas de gestão financeira, redução das perdas de energia e melhoria dos índices de qualidade". Por Luciano Costa Fonte: Sindicato dos Urbanitários |
terça-feira, 6 de março de 2012
Aneel nega aumento de tarifas para salvar a Celpa
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