Em uma reportagem
do Blog Altamira Hoje, o gerente técnico da Celpa,João
Cerqueira, culpa a população dos bairros periféricos pelas constantes faltas de
energias. Um dos problemas apontados são as ligações clandestinas nos
bairros onde não há prestação de serviços elétricos, como Invasão dos Padres, e
no Boa Esperança no perímetro das Palafitas.
Infelizmente não
foi citada na reportagem que os moradores desses bairros só fazem essas ligações
porque a empresa responsável por prestar esse serviço, no caso REDE CELPA,
nunca tratou de fazer a eletrificação da área.
O ato de não fazer
a eletrificação dessas áreas fruto de ocupações, explicita a falta de interesse
do poder público para amenizar os problemas vividos pelas pessoas que ali moram,
e mais do que isso, é uma forma de represália pelo ato de rebeldia (ocupar).
Se nas áreas de
ocupação, têm a desculpa de ser irregular, o que dizer dos loteamentos
regularizados, também sem eletrificação? Os novos bairros de Altamira estão
todos no chamado “gato”, e não há nenhum esforço para oferecer energia a essa
população.
Rede Celpa castiga a população carente
No bairro Boa
Esperança, os moradores das palafitas sofrem com problema de energia. Todas as fazes que a
rede onde os moradores fizeram suas ligações dá problema, os trabalhadores da
Rede Celpa vai lá e manda ao chão todos os fios daquela gente sofrida.
Sem alternativa,
depois da saída da empresa, imediatamente os residentes dalí vão religar os
fios. Quem sabe liga, quem não sabe paga, quem não tem dinheiro fica devendo ao
religador ou fica sem energia.
Os trabalhadores da
Rede Celpa ao ouvirem os pedidos dos moradores para não cortarem seus fios eles
falam que “aquele bando de miseráveis não era pra está ali, que dirá ter
energia”.
A conta fica para o povo
O cenário ao qual nos deparamos é: de um lado pessoas sem fornecimento de energia e se vêem obrigados a fazer as ligações clandestinas. De outro, o restante da população pagando a conta de uma energia que não consome. Por fim a Rede Celpa que ganhou a concessão para o fornecimento de energia e não o faz. Quem nessa história está errado?
Por Maria Fernanda Linhares
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